Política

Segundo cubano a abandonar Mais Médicos diz que está nos EUA

Ortelio Jaime Guerra publicou uma mensagem no Facebook aos “amigos de Pariquera-Açu” e afirmou que foi embora sem falar com ninguém por questões de segurança

Segundo cubano a abandonar Mais Médicos diz que está nos EUA
Segundo cubano a abandonar Mais Médicos diz que está nos EUA
Foto de Ortelio Jaime Guerra em seu perfil no Facebook
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O médico cubano Ortelio Jaime Guerra é mais um a deixar o Programa Mais Médicos. O médico atuava em Pariquera-Açu, no estado de São Paulo. A prefeitura confirma, mas não detalha a saída do médico. O Ministério da Saúde, por meio da assessoria, diz que está levantando informações sobre o que ocorreu. Nas redes sociais, o médico informa que está nos EUA.

No domingo 9, Guerra publicou na internet uma mensagem aos “amigos de Pariquera-Açu”. Ele disse que teve que ir embora sem falar com ninguém por questões de segurança. Ele agradece a bondade e o amor dos colegas e promete voltar um dia para visitá-los. O médico diz também que está bem, que considera essa uma atitude necessária, mas que sempre terá orgulho de Cuba, “mi terra y mis raíces (minha terra e minhas raízes)”. Guerra comentou que uma foto, publicada no dia 2 deste mês, foi tirada em uma das últimas noites em São Paulo.

Em outro caso de cubano que abandona o programa, a médica Ramona Matos Rodriguez chegou a Brasília no dia 1º, depois de deixar o município paraense de Pacajá, onde prestava serviços. A cubana se disse enganada pelo governo de Cuba e alegou receber 400 dólares por mês.

Além das deserções, o programa apresenta problemas na hora de ofertar alojamento, alimentação e transporte aos profissionais. Pelas regras do Mais Médicos, isso compete aos municípios. Segundo o Ministério da Saúde, todas as prefeituras que não estão cumprindo essas contrapartidas estão sendo notificadas. Elas têm cinco dias para oferecer uma resposta e 15 dias para solucionar os problemas. O município que não cumprir o prazo será descredenciado e os médicos, realocados.

Segundo o Ministério da Saúde, 37 prefeituras foram acusadas de irregularidades. Dessas, 27 regularizaram a situação. Uma, no entanto, a de Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, foi desligada do programa.

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