Política

Secretário executivo assume Ministério da Saúde interinamente

O general Eduardo Pazuello, atual secretário executivo da pasta, substituirá o médico Nelson Teich

Secretário executivo assume Ministério da Saúde interinamente
Secretário executivo assume Ministério da Saúde interinamente
Foto: José Dias / PR
Apoie Siga-nos no

O Ministério da Saúde confirmou neste sábado 16 que Eduardo Pazuello, atual secretário executivo da pasta, assumirá interinamente o comando do ministério. Ele substituirá Nelson Teich, que deixou o governo na sexta-feira 15.

General do Exército, Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais importante da pasta no último dia 22, após Teich assumir o ministério no lugar de Luiz Henrique Mandetta.

Especialista em logística, o militar foi coordenador logístico das tropas do Exército durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Ele também coordenou a Operação Acolhida, que presta assistência a imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo da crise política e econômica no país vizinho.

Ao se demitir do ministério, Teich afirmou ter deixado para o seu sucessor um plano de trabalho “pronto para auxiliar os secretários estaduais e municipais a tentar entender o que está acontecendo e pensar próximos passos”.

Teich não entrou em detalhes sobre os motivos de sua saída, mas o médico tinha divergências públicas com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre temas como o distanciamento social e o uso da cloroquina para o tratamento da COVID-19. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, a decisão foi motivada por questões pessoais.

Durante coletiva de imprensa, Netto comentou que o presidente defende formas de enfrentar o novo coronavírus diferentes das que Teich e Mandetta propunham. Para o ministro, Bolsonaro é contrário aos “excessos”, defendendo, por exemplo, o isolamento vertical – que estabelece o distanciamento social apenas daqueles que integram grupos de risco (idosos, pacientes com diabetes e doenças cardiovasculares) ou que estejam infectadas, e o uso da hidroxicloroquina na fase inicial da doença.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo