Educação
Secretário da Educação será alguém ligado a mim, diz Nunes sobre eventual 2º mandato
A educação é um tema espinhoso para o prefeito na campanha. Guilherme Boulos (PSOL) tenta fustigar o adversário com a menção à ‘máfia das creches’


O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), alegou nesta terça-feira 22 não ter feito acordos com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou com os demais partidos de sua coligação para nomear os secretários de um eventual segundo mandato.
Além do MDB, fazem parte da aliança PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, Mobiliza e União Brasil.
“A escolha será minha, porque eu que serei cobrado. A Secretaria da Educação vai ter alguém ligado a mim”, disse Nunes em entrevista à GloboNews. “O presidente Bolsonaro nunca me pediu indicação para secretário. Não vou abrir mão de forma nenhuma.”
A educação é um tema espinhoso para Nunes na campanha. Com frequência, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) tenta fustigar o adversário com a menção à chamada “máfia das creches”, um suposto esquema de desvio de verbas públicas sob investigação da Polícia Federal.
A PF concluiu que houve desvio de dinheiro público na gestão de creches municipais, indiciou 111 pessoas suspeitas de participação no esquema e decidiu prosseguir em uma apuração sobre Nunes.
O prefeito foi citado em um relatório da PF por suspeitas de receber recursos em sua conta pessoal em 2018, quando ainda era vereador, de uma empresa envolvida no suposto esquema. Ele nega qualquer irregularidade.
A cinco dias do segundo turno, Bolsonaro fez nesta terça sua “estreia” oficial na campanha de Nunes. Após mais de dois meses de uma aliança desconfortável para ambos, o encontro marcou a entrada do ex-capitão no palco eleitoral paulistano.
Os dois participaram de um almoço com empresários e políticos na Fazenda Churrascada, no Morumbi, zona oeste da capital. Entre os presentes estavam figuras de peso como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Michel Temer (MDB), o presidente do MDB, Baleia Rossi, e o senador Rogério Marinho (PL-RN). O evento foi organizado por Fauzi Hamuche, da Confraria de Amigos do Vinho Eduardo Saddi.
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