Política

Secretaria diz ao STF que cabe à PM informar sobre o estado de saúde de Anderson Torres

A resposta foi encaminhada depois que o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a pasta avaliasse a conivência em transferir o ex-ministro para um hospital psiquiátrico

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal encaminhou ofício ao Supremo Tribunal Federal, na noite da sexta-feira 28, alegando que cabe à Polícia Militar informar sobre o estado de saúde do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

A resposta foi encaminhada depois que o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a secretaria avaliasse a conivência em transferir o ex-ministro para um hospital psiquiátrico.

A decisão do magistrado ocorreu depois de Torres alegar que teve “lapsos de memória e dificuldades cognitivas” causadas pela prisão e por isso forneceu senhas inválidas de seu celular à Polícia Federal — dados necessários para prosseguir as investigações sobre o envolvimento dele nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Segundo a secretaria, devido às prerrogativas de delegado de Polícia Federal, Torres não está sob tutela do órgão, cabendo à PM prestar “qualquer auxílio” ao ex-ministro.

“Considerando o contexto narrado, informamos que não é possível a esta secretaria cumprir a determinação imposta, contudo ante à urgência do caso, demonstrada pelo exíguo prazo para resposta, encaminhamos ao comando-geral da PM do DF, orientando acerca da decisão e da necessidade de resposta a este Supremo.”, escreveu a secretaria.

Na mesma decisão em que pediu informações à secretaria,  Moraes determinou que seja informado se o Batalhão de Aviação Operacional da Policia Militar, onde Torres está preso, tem condições de garantir a saúde do ex-ministro.

Torres está preso desde 14 de janeiro. O ex-ministro é investigado no inquérito do STF que apura sua suposta omissão na contenção dos atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, ele estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal.

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