Secretária demitida por Damares denuncia ilegalidades no Ministério

Sandra foi demitida após seu nome e o de seu marido, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, aparecerem em relatório da Polícia Federal

A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves. Foto: UN Photo/Pierre Albouy

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A ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos Sandra Terena denunciou suspeitas de ilegalidades em um convênio assinado pela pasta da ministra Damares Alves.

A ex-integrante do governo foi demitida nesta segunda-feira 21 após seu nome e o de seu marido, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, aparecerem em relatório da Polícia Federal no inquérito que trata dos atos antidemocráticos.

Assim que soube da sua demissão, Sandra encaminhou um ofício à assessoria especial de Controle Interno do Ministério denunciando as suspeitas.

Segundo divulgou a revista Crusoé, Sandra afirma que uma associação que tem convênio com o Ministério estaria ligada “a uma série de Organizações da Sociedade Civil defendidas e representadas por uma única pessoa, com 18 CNPJs diversos e com várias emendas na pasta, o que poderia representar uma situação de ilegalidade de malversação de recurso público”.

Ainda segundo o documento, a equipe técnica da Secretaria comandada por Sandra Terena teria apurado que a sede da associação seria um pequeno imóvel que “não condiz com o volume de recursos encaminhados”.


A presidente da entidade, Mafra Merys Ribeiro Lima Paz de Carvalho, teria utilizado o nome do Ministério “de forma ilícita para captar tais recursos em benefício próprio, fato que é de ciência da Polícia Legislativa do Congresso Nacional”.

No ofício, Sandra Terena registra que se reuniu com Damares antes de elaborar o documento. O encontro, segundo ela, ocorreu na quinta-feira, 17.

 

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