Política

‘Se Lula ganhar será magnífico’, diz vice-presidente eleita na Colômbia

Francia Márquez afirma respeitar Bolsonaro por ter sido eleito, mas torce para um retorno do petista

Foto: Ricardo Stuckert
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A vice-presidente eleita da Colômbia, Francia Márquez, em viagem pelo Brasil para reunião com líderes políticos e sociais, disse torcer pela vitória do ex-presidente Lula (PT) na eleição de outubro deste ano.

“Acredito que Lula é o único presidente que levou em consideração os direitos da população negra no Brasil. Um País em que mais de 50% das pessoas são negras tem que pensar em políticas de governo a favor dessa população”, disse a primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência da Colômbia em entrevista para ao jornal Folha de S.Paulo. 

“Se Lula ganhar será magnífico porque não somente vamos nos articular entre movimentos sociais, mas também com um governo que terá agendas muito semelhantes às que impulsionaremos a partir da Colômbia”, acrescentou.

Para ela, uma vitória do petista daria força à “onda rosa” no continente sul-americano, que pela primeira vez na história tem a maioria dos países com governos de esquerda.

“Se Lula ganhar, seguramente será mais fácil promover essas agendas, pois seu governo já tinha começado a adotar políticas de inclusão, de erradicação da fome, políticas para garantir a participação de mulheres”, afirmou se colocando ao lado dos movimentos brasileiros de luta. 

Sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Márquez afirmou respeitar o ex-capitão por ser eleito pelo povo brasileiro, mas destaca que não concorda com suas ideias e políticas. 

“Temos políticas de compromisso social, e as políticas do presidente Bolsonaro são de outra dimensão. Mas nós o respeitamos porque o povo brasileiro votou nele, e os povos têm autonomia para decidir sobre seu destino. Tentaremos ter as relações necessárias e possíveis para que haja tranquilidade na região”, disse. 

Questionada sobre possíveis turbulências no processo eleitoral, a vice-presidente colombiana relembrou o clima de receio das eleições em seu País.

“Nos últimos dias de campanha, [o candidato a presidente] Gustavo Petro e eu precisamos fazer discursos cercados por escudos antibalas por causa das ameaças de assassinato que recebíamos”, contou desejando que no Brasil seja diferente. 

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