Política
Se for culpado, terá que pagar pelo erro que cometeu, diz Lula sobre denúncia da PGR contra Bolsonaro
Em comentário breve sobre o tema, Lula sustentou que o ex-capitão, acusado de liderar uma organização criminosa que tinha como objetivo dar um golpe de Estado, tem o direito à ampla defesa
O presidente Lula (PT) afirmou, nesta quarta-feira 19, que espera que Jair Bolsonaro (PL) e os outros 33 denunciados por formarem uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado ‘paguem pelo erro’ se, após o processo legal, não conseguirem comprovar inocência.
“Se chegar na hora e o juiz considerar que eles são culpados, eles terão que pagar pelo erro que cometeram”, disse Lula ao ser questionado sobre a denuncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal na noite de terça-feira 18.
A declaração de Lula foi dada a jornalistas em Brasília, durante uma coletiva de imprensa concedida ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro. Os dois, antes do pronunciamento, assinaram uma série de acordos e parcerias entre os países.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião bilateral com o Primeiro-Ministro da República Portuguesa, Luís Montenegro, no Palácio do Planalto. Brasília – DF. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula, ainda na conversa com jornalistas, sustentou que espera também que todos os acusados pela tentativa de golpe – incluindo Bolsonaro – tenham ‘presunção de inocência’. “Se eles provarem que não tentaram dar golpe e que não tentaram matar o presidente, o vice-presidente e o ministro do Supremo Tribunal Federal, eles ficarão livres e serão cidadãos que poderão transitar pelo Brasil inteiro.”
O petista, que era o alvo principal da intentona golpista, segundo a PF, finalizou o breve comentário sobre o caso alegando que não irá fazer declarações mais profundas sobre um processo em andamento em que os alvos ainda “têm todo o direito de se defender”.
O ex-capitão tem 15 dias para apresentar uma primeira defesa ao STF. A ordem foi dada por Alexandre de Moraes, o relator do caso, na manhã desta quarta-feira. Depois, o ministro deve encaminhar o caso para análise da Primeira Turma da Corte, que decidirá os acusados se tornarão ou não réus.
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