Política

‘Se fazem tanto barulho, é porque têm medo’, diz procurador do TCU sobre ataques de Moro

‘Ninguém pode ficar acima da lei’, declarou nesta segunda 7 Lucas Rocha Furtado, do MP junto ao TCU, sobre a investigação do caso Alvarez & Marsal

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil Moro: ''Bolsonaro deveria honrar as promessas". (Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)
Apoie Siga-nos no

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, reagiu nesta segunda-feira 7 às críticas de Sergio Moro e de aliados do ex-juiz por sua atuação no caso Alvarez & Marsal.

Na última sexta-feira 4, Furtado pediu a “indisponibilidade dos bens” de Moro, como parte da investigação sobre o acordo firmado entre o ex-magistrado e a consultoria americana. A demanda foi encaminhada ao secretário especial da Receita Federal do Brasil, Julio Cesar Vieira Gomes, e ao ministro Bruno Dantas, do TCU.

“Se fazem tanto barulho é porque têm medo de que esteja no caminho certo. Ninguém pode ficar acima da lei”, disse Furtado nesta segunda à coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.

“Sou doutor pela Universidade de Salamanca e pós-doutor pela Universidade de Coimbra. Todos os professores da banca criticaram os da Lava Jato porque prendiam indefinidamente para obter confissões ou novas delações. Até pouco tempo, torturava-se para obter exatamente o mesmo. Isso vale?”, completou o subprocurador-geral.

Ainda na sexta 4, Moro disse em nota ter recebido a notícia do pedido de Rocha Furtado com “perplexidade”.

“Minha vida pública e privada é marcada pela luta contra a corrupção e pela integridade, nada tenho a esconder. Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este Procurador do TCU”, alegou o ex-ministro de Jair Bolsonaro.

No sábado 5, o ministro Bruno Dantas, do TCU, usou as redes sociais para fazer considerações sobre o Direito interpretadas como um recado a Moro. Dantas é o relator do processo no TCU que investiga a passagem do ex-juiz pela Alvarez & Marsal.

“O Direito é produto da cultura e da história (Recasens Siches). Sua régua, assim como a das garantias fundamentais, não muda de uma hora para a outra. A régua aplicada no passado recente precisa ser aplicada no futuro breve, afinal ubi eadem ratio, ibi eadem legis dispositio“, escreveu Dantas.

A expressão com que Dantas encerra sua mensagem significa, em tradução livre: “Onde existe a mesma razão fundamental se aplica o mesmo dispositivo legal”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo