‘Se eu vou criticam. Se eu não vou, criticam’, diz Bolsonaro sobre não ter ido à Bahia

Presidente volta a justificar ausência no extremo-sul do estado, que sofre com enchentes, e diz que haveria gasto do cartão corporativo

Foto: EVARISTO SA/AFP

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a tentar justificar sua ausência na Bahia, onde fortes chuvas já deixaram mais de 20 mortos, e disse que haveria gasto do cartão corporativo caso ele fosse sobrevoar as regiões atingidas pelas enchentes. “Se eu vou criticam. Se eu não vou, criticam”, declarou o chefe do Palácio do Planalto, em transmissão ao vivo nas redes sociais. Ele acrescentou que tem “interagido” com o governo do Estado desde que os temporais começaram.

O presidente também voltou a comentar o motivo de ter recusado a ajuda humanitária oferecida pela Argentina às vítimas das chuvas nas cidades baianas. “Que ajuda é essa? Dez homens”, afirmou Bolsonaro. O governo de Alberto Fernández ofereceu enviar ao Brasil dez “capacetes-brancos”, que atuam em operações de socorro. Segundo o presidente, o País tem gente suficiente para auxiliar na emergência causada pelas chuvas.

Bolsonaro disse que aceitou a ajuda oferecida pelo Japão à Bahia apesar de negar o apoio da Argentina, porque o governo japonês enviou materiais como barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água.

“Se Argentina tiver outra coisa para oferecer, eu agradeço ao Alberto Fernández”, disse Bolsonaro. O presidente sugeriu que os países da América do Sul recebam, por exemplo, venezuelanos que estão no Brasil.

Bolsonaro está desde segunda-feira, 27, em São Francisco do Sul (SC), onde deve passar o réveillon. Criticado pela recusa em interromper as férias em meio à emergência causada pelas fortes chuvas na Bahia, o presidente tem reunido apoiadores na praia enquanto anda de motoaquática. Hoje, Bolsonaro foi ao parque de diversões Beto Carrero World, na Penha.


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