Política
“Se contrair o vírus não tem que entrar em pânico”, diz Bolsonaro
O Brasil tem 69.184 mortos e 1.755.779 milhão de casos confirmados. Nas últimas 24 horas, foram mais 1220 mortes e 42.619 novos casos

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a importância de estados e municípios retomarem as suas atividades normalmente em meio à pandemia do coronavírus. Em live realizada nesta quinta-feira 9, do Palácio do Alvorada, local onde o presidente se encontra isolado por estar contaminado com a covid-19, o presidente disse que quem tem que se proteger são os idosos e as pessoas que têm comorbidade.
“Se contrair o vírus não tem que entrar em pânico”, declarou, ao reforçar que espera a retomada por parte de estados e municípios e que as medidas restritivas ficaram a cargo exclusivo de governadores e prefeitos.
“O governo federal fez a sua parte. Eu não pude opinar sobre essas questões por determinação do STF. Mas a intenção das medidas eram para evitar que houvesse acúmulo de pessoas nas portas dos hospitais”, declarou, sinalizando que o cenário das redes hospitalares pelo País é positivo.
O presidente também justificou os vetos que fez ao projeto que previa proteção aos povos indígenas durante a pandemia do coronavírus: “Queriam EPIs pra quilombolas, indígenas, um monte de categoria. Não tem orçamento pra isso”, disse.
Ao sancionar o projeto, o presidente vetou os seguintes trechos:
- obrigatoriedade do governo fornecer acesso à água potável aos povos indígenas, bem como distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e de desinfecção para as aldeias;
- obrigatoriedade de executar ações para garantir às comunidades indígenas e quilombolas “a oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva”. e ainda que a União fosse obrigada a comprar “ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea”;
- obrigatoriedade de liberação de verba emergencial para a saúde indígena pela União;
- instalação de internet nas aldeias e distribuição de cestas básicas;
- que o governo seja obrigado a facilitar aos indígenas e quilombolas o acesso ao auxílio emergencial
O texto publicado no Diário Oficial da União determina que os povos indígenas, as comunidades quilombolas e demais povos tradicionais sejam considerados “grupos em situação de extrema vulnerabilidade” e, por isso, de alto risco para emergências de saúde pública.
Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o país somava 10,3 mil casos confirmados de coronavírus entre indígenas e 408 mortes até o dia 2 de julho.
Segundo boletim divulgado nesta quinta-feira 9 pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil tem 69.184 mortos e 1.755.779 milhão de casos confirmados. Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas mais 1220 mortes e 42.619 novos casos.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.