Política

São Paulo prevê continuidade do isolamento e adoção de medidas mais rígidas

Nesta quinta, o prefeito Bruno Covas publicou decreto tornando obrigatório uso de máscaras em transporte públicos

Foto: Guilherme Gandolfi
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A cidade de São Paulo prevê a continuidade das medidas de isolamento para além do dia 11 de maio e a adoção de medidas mais rígidas para buscar o controle do coronavírus. Um dos principais pontos para a medida é a taxa de isolamento na cidade que tem ficado em 48%, abaixo da média mínima recomendada de 50%.

Em entrevista à Radio Bandeirantes nesta quinta-feira 30, o prefeito Bruno Covas mostrou preocupação com a alta circulação dos paulistanos e atrelou a conduta ao aumento no número de mortes na cidade. “É preocupante, não por acaso temos tido um grande número de mortos. Na sexta passada, decretamos luto na cidade por termos chegado às primeiras mil mortes. Em menos de uma semana, temos um aumento de 50%. Ontem chegamos a quase 1500”, declarou. Segundo o último boletim divulgado na quarta-feira 29, a cidade de São Paulo tem 1456 mortos e 15.925 casos confirmados.

 

Caso o cenário não mude, o prefeito fala em adotar medidas mais restritivas para a cidade. “Hoje publicamos o decreto, assim como o Estado, tornando obrigatório o uso de máscaras no trasporte público. Também temos bloqueios educativos em avenidas, com entrega de materiais, mas, se for o caso, passaremos a ações restritivas”. A cidade vem registrando aumento de trânsito e concentração de carros nas ruas nos últimos dias.

Questionado se a possível flexibilização anunciada pelo governador Doria para o 11 de maio teria feito com que a população afrouxasse o isolamento, o prefeito declarou que vê dessa maneira. “O governador deixou claro que dependeria da equipe médica que vem avaliando o número de pessoas infectadas e a avaliação da curva. Essa análise segue até o dia 8 de maio pra, se for o caso, manter, flexibilizar ou enrijecer as medidas hoje adotadas”. Covas declarou que, no atual cenário, a cidade está mais próxima de um endurecimento do isolamento. O prefeito também não descartou um lockdown (protocolo de emergência que geralmente impede que pessoas saiam de uma área). “Também depende das orientações das equipes de saúde”.

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