Entrevistas

Sâmia critica ‘chantagens’ do Centrão e alerta contra bolsonaristas no governo Lula

A CartaCapital, a deputada do PSOL pede ‘pressão’ contra o avanço do grupo liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)

Sâmia critica ‘chantagens’ do Centrão e alerta contra bolsonaristas no governo Lula
Sâmia critica ‘chantagens’ do Centrão e alerta contra bolsonaristas no governo Lula
A deputada federal Sâmia Bomfim. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

Na iminência de uma reforma ministerial a ser promovida pelo presidente Lula, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) entende que o governo deve analisar com cautela o apetite do Centrão por espaços no alto escalão. 

“O alerta que eu acho importante fazer é que podem ter figuras do bolsonarismo no novo governo Lula”, declarou a deputada em entrevista a CartaCapital nesta quarta-feira 16. Ela ainda mencionou “as chantagens que fazem sobre ministras, mulheres e a ala mais progressista do governo”. 

Bomfim se refere à sinalização de que as cadeiras das ministras Ana Moser (Esporte) e Nísia Trindade (Saúde) e da presidenta da Caixa, Rita Serrano, estariam na mira do Republicanos e do PP.

“Esse tipo de chantagem a gente tem de fazer muita pressão para que não se aceite”, reforçou a parlamentar. Ela ainda se referiu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como o “chefe das chantagens”.

Para Sâmia Bomfim, mesmo com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível, o movimento de abrir espaço para o Centrão no governo tem de ser estancado.

“Acho que essa é uma lição que fica para a esquerda brasileira. Fica de tarefa para a gente. Há dívidas históricas e questões estruturais que precisam ser modificadas, senão a gente fica fadado a repetir a própria história e os próprios fracassos.”

Assista à íntegra da entrevista:

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo