Política
Rosa Weber atende PGR e arquiva investigação preliminar sobre Ricardo Barros
A decisão respeita o posicionamento da PGR, que disse não ver provas suficientes para subsidiar a abertura de um inquérito ou para denunciar o deputado


A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou arquivar na sexta-feira 17, a investigação preliminar aberta a partir do relatório final da CPI da Covid contra líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), colocado no centro de suspeitas de advocacia administrativa.
A decisão respeita o posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que disse não ver provas suficientes para subsidiar a abertura de um inquérito contra Ricardo Barros ou para denunciar o deputado. Quando o Ministério Público Federal, que é o titular da investigação, se manifesta pelo arquivamento de uma investigação, é de praxe que os ministros do STF formalizem o encerramento do caso.
“No caso concreto, uma vez que a Procuradoria-Geral da República afirma inexistir, no caderno investigativo, base empírica para o oferecimento de denúncia contra o parlamentar indiciado, há que se acolher o pedido de arquivamento”, escreveu a ministra.
É a primeira investigação derivada da CPI da Covid arquivada. A PGR abriu dez frentes de apuração com base nas sugestões de indiciamento de autoridades aprovadas pela comissão parlamentar em outubro do ano passado.
A CPI acusou Barros de atuar junto ao governo federal para defender os interesses de empresas privadas durante a pandemia, inclusive para supostamente tentar direcionar contratos voltados ao enfrentamento da crise da covid-19. No entanto, na avaliação da PGR, não há “nenhum elemento indiciário” de atuação do deputado para beneficiar essas empresas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.