O deputado e ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ) está buscando assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue desvios da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Pelo Regimento Interno da Câmara, são necessárias 171 assinaturas de deputados para apresentar o pedido. Até agora, 20 deputados já apoiaram. “A CBF é uma instituição privada, mas recebe grande quantia de dinheiro público, através de isenção fiscal e contribuições sociais”, justificou.
Em discurso no Plenário na tarde desta terça-feira 4, o deputado citou notícias de benefícios para empresas de pessoas ligadas ao ex-presidente da instituição Ricardo Teixeira, e outros diretores e funcionários da CBF. Romário também cita problemas nas eleições para a sucessão de Teixeira, que envolveriam também o atual presidente, José Maria Marin.
Patrocínio
Entre as denúncias apresentadas por Romário está um patrocínio de R$ 7 milhões da TAM para a CBF que estaria sendo desviado para empresas ligadas a laranjas de Ricardo Teixeira. O cartola também estaria recebendo R$ 150 mil como consultor, mesmo depois de ter sido substituído na CBF. A contratação teria sido feita pelo atual presidente, que também aumentou o próprio salário e o de toda a diretoria após sua eleição.
CBF-Nike
A CBF já foi investigada na CPI CBF-Nike, por suspeita de desvio de recursos e ingerência sobre resultados de jogos por parte da patrocinadora.
Para Romário, nem tudo foi esclarecido, ele diz ter documentos que mostram desvios em um jogo amistoso contra Portugal, ocorrido em Brasília, que segundo Romário movimentou R$ 12 milhões. “Em um só jogo, é absurdo”, disse.