O ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou sua desfiliação do PSDB após a executiva nacional anular a eleição do diretório estadual de São Paulo, realizada no último final de semana. Marco Vinholi, aliado de Garcia, havia sido levado ao posto, mas teve votação anulada diante de suspeitas de irregularidades.
Garcia, que comunicou sua saída do PSDB nesta segunda-feira 11, estava no partido desde 2021. Naquela ocasião, era vice do então governador João Doria e se juntou aos tucanos para concorrer ao posto como sucessor do seu padrinho político. Com a saída antecipada de Doria do governo, ele assumiu o cargo.
Em 2022, no entanto, não conseguiu se reeleger na disputa travada com o ex-ministro bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), eleito ainda no primeiro turno.
A saída de Garcia foi comunicada aos tucanos por uma mensagem de WhatsApp. Segundo o jornal O Globo, que teve acesso à íntegra do comunicado, Garcia afirma que “deixa o partido convencido de que é tempo de mudança”.
“Faço com a tranquilidade e a certeza de que deixamos, numa parceria de quase 30 anos nas gestões públicas de São Paulo e do Brasil, um modelo de governar, baseado em princípios que sempre conjugamos, aquele da proteção aos mais necessitados, da responsabilidade fiscal e da inovação na gestão”, escreveu o ex-governador ao anunciar sua saída do PSDB.
O comando da legenda no estado segue em aberto. A crise interna deve também atrasar a definição de como se dará a participação do PSDB nas eleições municipais. Para São Paulo, uma ala defende a indicação de um candidato próprio, enquanto outra quer fornecer apoio ao atual prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB).
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