Petrobras sofreu mais uma reviravolta. Rodolfo Landim, presidente do Clube de Regatas do Flamengo, desistiu de assumir a presidência do Conselho de Administração da estatal.
A desistência foi foi divulgada pelo site do Flamengo durante a madrugada. No comunicado, Landim, que trabalhou por 26 anos na Petrobras, resolveu abrir mão da indicação, concentrando seu tempo e dedicação para o fortalecimento do clube.
Segundo fontes, o nome de Landim recebeu parecer contrário e com ressalvas do chamado Comitê de Pessoas da Petrobras.
Essa é mais uma polêmica envolvendo a estatal, que teve seu atual presidente Joaquim Silva e Luna demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. Adriano Pires foi anunciado como novo presidente.
Landim é alvo de um processo do Ministério Público Federal por crime de gestão fraudulenta que teria causado prejuízo de R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários da Petrobras, a Petros, do Banco do Brasil, a Previ, e da Caixa, a Funcef.
Esse Comitê é responsável por auxiliar o Conselho de Administração, que, com base nisso, também dá seu parecer.
Uma outra fonte ligada à estatal disse que seria sugerido ao atual presidente do Flamengo, que tem mandato para comandar o clube até 2024, deixar a presidência do clube.
Essa fonte alegou que poderia haver possíveis casos de conflitos de interesse com o Flamengo sendo patrocinado pela própria estatal ou algum concorrente.
Por outro lado, o próprio Landim vinha sofrendo pressão dentro do próprio Flamengo. No sábado 2, o clube perdeu o campeonato carioca para o Fluminense.
Na nota, Landim disse que encaminhou ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, documento com sua decisão. Em primeira pessoa, Landim disse: “Deixando claro meu agradecimento pelo convite e relatando minha preocupação em não conseguir, dada a dedicação que as duas instituições demandariam nesse momento, exercer ambas as funções com a excelência por mim desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem”.
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