Após a repercussão do vídeo em que o secretário da Cultura faz um discurso semelhante a falas do nazifascismo, deputados já começaram a se mobilizar caso Roberto Alvim não seja demitido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Nesta sexta-feira 17, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), afirmou que pedirá a convocação do secretário para que ele preste esclarecimentos na Câmara dos Deputados.
“Se permanecer no cargo depois do tsunami de críticas provocado por seu pronunciamento recheado de apologia ao nazismo, o atual secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, não deverá ter paz”, diz a nota divulgada pela assessoria de Jerry.
O deputado é membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa, e também é autor de um projeto de lei que criminaliza a apologia ao retorno da ditadura militar, tortura ou a pregação de rupturas institucionais, incluindo a citação ao nazismo. A proposta espera o parecer da relatoria da Casa, incumbida ao deputado Túlio Gadelha (PDT-PE).
“Ou Jair Bolsonaro demite Roberto Alvim ou assume também escancaradamente sua face nazista. Silenciar diante da monstruosidade desse secretário é ser cúmplice dele. Vamos convocá-lo para prestar esclarecimentos tão logo retomemos os trabalhos”, disse o deputado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também já se manifestou sobre o vídeo e pediu a demissão imediata de Alvim. “Passou de todos os limites. É inaceitável”, escreveu no Twitter.
Diante das críticas, Alvim afirmou que “não há nada errado com a frase” em um texto-resposta em sua página do Facebook. “O trecho fala de uma arte heroica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro. Não há nada de errado com a frase”, escreveu.
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