Política
Ricardo Salles diz ter sido expulso do partido Novo e reforça apoio a Bolsonaro
Ministro do Meio Ambiente diz que foi excluído por ter aceitado cargo sem avisar ao partido: “Entre Amoêdo e Bolsonaro, fico com Bolsonaro”


O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou nesta quinta-feira 7, em sua conta no Twitter, que foi expulso de seu partido, o Novo. Segundo ele, o motivo do desligamento foi ter aceito o cargo sem “qualquer informação prévia ou pedido de autorização ao Partido Novo”. Salles está no governo Bolsonaro desde o início, em 2019.
“Fui comunicado da minha expulsão por ter assumido ‘sem qualquer informação prévia ou pedido de autorização ao Partido Novo, o cargo de Ministro de Estado do Meio Ambiente no governo do atual presidente sr. Jair Messias Bolsonaro”, esclareceu Salles. “Entre Amoedo [fundador e principal líder do partido Novo] e Bolsonaro, fico com Bolsonaro!”, finalizou, reforçando seu apoio ao chefe.
Fui comunicado da minha EXPULSÃO por ter assumido “sem qualquer informação prévia ou pedido de autorização ao Partido NOVO, o cargo de Ministro de Estado do Meio Ambiente no governo do atual Presidente Sr. Jair Messias Bolsonaro”. Entre Amoedo e Bolsonaro, fico com Bolsonaro ! pic.twitter.com/Y7OiaJ5sxH
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) May 7, 2020
Pouco mais de uma hora depois da publicação de Salles, João Amôedo também foi às redes para se pronunciar sobre a decisão do partido – e evitou polemizar. “Em meio a uma pandemia, com uma crise econômica e política, não devemos criar novas polêmicas. Desejo sucesso a Ricardo Salles em sua próxima legenda, e que ele passe a fazer escolhas baseadas em ideias, princípios e valores”, escreveu.
Em meio a uma pandemia, com uma crise econômica e política, não devemos criar novas polêmicas. Desejo sucesso a Ricardo Salles em sua próxima legenda, e que ele passe a fazer escolhas baseadas em ideias, princípios e valores.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) May 7, 2020
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.