O ex-senador Roberto Requião (PT-PR) não deve assumir qualquer cargo no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele rechaçou, reservadamente, a possibilidade de ocupar um posto de conselheiro da Itaipu Binacional, solução aventada por interlocutores da nova gestão.
A Itaipu é uma entidade binacional regida por um tratado assinado em 1973 pelo Brasil e pelo Paraguai. A companhia diz ter como objetivo gerar energia elétrica “de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável”.
Os governos do Brasil e do Paraguai têm a atribuição de nomear a Diretoria-Executiva, por meio de uma indicação da Eletrobras e uma da Administración Nacional de Electricidad.
A empresa possui um Conselho de Administração formado por 12 membros (seis brasileiros e seis paraguaios) e dois representantes dos Ministérios das Relações Exteriores (um de cada país).
Atualmente, o diretor-geral brasileiro é Anatalicio Risden Júnior. Ele divide as atribuições do cargo com o paraguaio Manuel María Cáceres Cardozo.
Roberto Requião disse a interlocutores que sequer cogitou assumir uma cadeira no Conselho da Itaipu e que sua nomeação para o colegiado representaria uma “humilhação”. Apontá-lo como presidente da companhia não foi considerado pelo governo Lula.
O ex-senador se filiou ao PT em março de 2022, após 40 anos no MDB, para se lançar candidato a governador do Paraná. Ratinho Junior (PSD), no entanto, conquistou a reeleição ainda no primeiro turno, com 69,6% dos votos, ante 26,2% de Requião.
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