Requião não deve participar do governo Lula e vê sugestão de cargo em Itaipu como ‘humilhação’

O ex-senador se filiou ao PT em 2022 para disputar o Governo do Paraná, mas foi derrotado por Ratinho Junior

O ex-senador Roberto Requião. Foto: Pedro França/Agência Senado

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O ex-senador Roberto Requião (PT-PR) não deve assumir qualquer cargo no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele rechaçou, reservadamente, a possibilidade de ocupar um posto de conselheiro da Itaipu Binacional, solução aventada por interlocutores da nova gestão.

A Itaipu é uma entidade binacional regida por um tratado assinado em 1973 pelo Brasil e pelo Paraguai. A companhia diz ter como objetivo gerar energia elétrica “de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável”.

Os governos do Brasil e do Paraguai têm a atribuição de nomear a Diretoria-Executiva, por meio de uma indicação da Eletrobras e uma da Administración Nacional de Electricidad.

A empresa possui um Conselho de Administração formado por 12 membros (seis brasileiros e seis paraguaios) e dois representantes dos Ministérios das Relações Exteriores (um de cada país).

Atualmente, o diretor-geral brasileiro é Anatalicio Risden Júnior. Ele divide as atribuições do cargo com o paraguaio Manuel María Cáceres Cardozo.

Roberto Requião disse a interlocutores que sequer cogitou assumir uma cadeira no Conselho da Itaipu e que sua nomeação para o colegiado representaria uma “humilhação”. Apontá-lo como presidente da companhia não foi considerado pelo governo Lula.


O ex-senador se filiou ao PT em março de 2022, após 40 anos no MDB, para se lançar candidato a governador do Paraná. Ratinho Junior (PSD), no entanto, conquistou a reeleição ainda no primeiro turno, com 69,6% dos votos, ante 26,2% de Requião.

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