Reprovação de Bolsonaro salta de 28% para 53%, diz pesquisa CNT/MDA

Índice de aprovações despencou de 57% para 41%; decreto de flexibilização da posse e do porte de armas é principal queixa

Foto: Carolina Antunes/PR

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O índice de avaliação negativa sobre o governo de Jair Bolsonaro (PSL) subiu de 19% em fevereiro para 39,5% em agosto, segundo pesquisa de opinião divulgada pela CNT/MDA, nesta segunda-feira 26.

O número de pessoas que classificam o governo como ótimo ou bom é de 29,4% dos entrevistados, um número 10% abaixo em comparação aos que consideram a gestão ruim ou péssima. A porcentagem dos que avaliam o governo como regular é de 29,1%.

O estudo também mostrou que o número de eleitores que desaprovam o desempenho pessoal de Bolsonaro é de 53,7%, quase o dobro dos 28% apresentados em fevereiro deste ano. O índice dos que aprovam o governo é de 41%, 16 pontos a menos que no início do ano, quando o presidente da República marcou 57% de aprovação.

Para 22,4%, não há nenhuma ação positiva no atual governo. Apenas 6% dizem que a gestão não apresenta nenhuma ação negativa.

Entre as piores ações do governo, elencadas pelos entrevistados, aparecem o decreto da liberação de posse e porte de armas (39,1%), o uso de comentários ofensivos (30,6%) e o contingenciamento de verbas da educação (28,2%). “Deixar os filhos darem opinião sobre integrantes e ações de seu governo” são uma queixa para 24,4%.


Por outro lado, o combate à corrupção (29,6%), a segurança (27,5%) e o fim do horário de verão (18,1%) são os principais temas em que Bolsonaro recebe aprovação em suas ações.

O instituto informa ainda que somente 36,6% têm expectativa de melhora na taxa de desemprego no País, enquanto 32,9% acreditam que a situação vai ficar igual e 28% acham que vai piorar.

Trabalhadores também parecem descrentes em relação a aumento na renda mensal: 50% acham que vai ficar igual, enquanto 16,8% acreditam que vai diminuir e 28,3% acreditam que a renda deve subir.

A pesquisa de opinião foi realizada entre 22 e 25 de agosto, com 2.002 entrevistas, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação.

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