Política

Representantes do Parlasul chegam ao Brasil para missão de observação eleitoral

Parlamentares do Paraguai, Argentina e Uruguai se encontraram com autoridades do Judiciário e alguns candidatos à presidência para debater o processo eleitoral brasileiro

Na foto, da direita para esquerda, a representante Maria Luisa Storani da UCR argentina; Cecilia Britto integrante do Parlasul da Argentina; Nicólas Viera, deputado e presidente da comissão internacional do Parlasul e Mario Colman, representante do Parlasul pelo Uruguai - Foto: Reprodução/Parlasul
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Pela primeira vez, o Parlasul — parlamento do bloco comercial do Mercosul – envia uma comissão formal de observadores eleitorais para acompanhar as eleições brasileiras.  

Nesta terça-feira 30, parlamentares do Paraguai, Argentina e Uruguai iniciaram suas atividades, participando de palestras e votação simulada na urna eletrônica na sede do TRE-SP, acompanhados pelo presidente do órgão, o desembargador Paulo Galizia

O representante uruguaio Nicolás Viera Diaz, destacou que o propósito da participação do Parlasul, “é fortalecer a transparência eleitoral e o processo democrático, de forma a beneficiar a sociedade brasileira”, e não emitir juízos de valor sobre as urnas, por exemplo. 

Segundo o TSE, os principais objetivos de missões internacionais como essas são a observação do cumprimento das normas eleitorais nacionais e a verificação da imparcialidade e a efetividade do órgão durante a execução do processo eleitoral.

Além de introduzir o funcionamento das eleições, a programação também contou com apresentações sobre o combate à desinformação, a participação das mulheres na política e ações do tribunal para a inclusão sócio racial de outros grupos neste debate. 

“Temos muito interesse pelo voto eletrônico e, em especial, pelo sistema de votação brasileiro pela importância do país no continente”, disse a parlamentar argentina Cecilia Catherine Britto. “Ficamos muito satisfeitos que o Tribunal abra suas portas à observação, dando todas as explicações e respondendo a nossas perguntas.”

Os representantes tiveram ainda uma reunião na terça-feira com o ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, onde também estavam presentes os candidatos à presidência, Felipe D’Avila (NOVO) e Soraya Thronicke (União).

Já nesta quarta-feira 31, a reunião foi com organizações da sociedade civil, como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Comissão de Igualdade Racial do TSE.

O Parlasul integra um grupo formado por 30 organismos eleitorais de 23 países americanos que já estão registrados no TSE para acompanhar as eleições de outubro. Diante dos questionamentos da confiabilidade do processo eleitoral, o número de registros é o maior desde das eleições de 2010, quando Brasil recebeu com 56 lideranças de 25 países para observar e produzir relatórios sobre a disputa.  

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