Política
Renda de Lira chegou a R$ 500 mil por mês com ‘rachadinha’, diz MP
Deputado é o candidato do governo Jair Bolsonaro para suceder Rodrigo Maia (DEM) na presidência da Câmara dos Deputados


O esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa de Alagoas propiciou ao deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) um rendimento mensal de 500 mil reais, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira 4.
De acordo com a publicação, o parlamentar é apontado como o líder de um esquema responsável por desviar 254 milhões de reais dos cofres públicos entre 2001 e 2007.
Documentos da investigação indicam que parte do dinheiro foi usado para aumentar o próprio patrimônio. Na época que era deputado estadual o salário de Lira era de 9,5 mil reais mensais.
Segundo o processo, o “grupo criminoso” liderado por Lira incluiu na folha de pagamentos funcionários fantasmas. O esquema, diz a acusação, usava empresas de terceiros para simular negociações e empréstimos pessoais como forma de justificar a movimentação financeira nas contas dos parlamentares.
As informações estão em uma ação penal que o líder do Centrão ainda responde na Justiça estadual. O deputado já foi condenado pelo caso na esfera cível.
As investigações apontam que a “rachadinha” na Assembleia de Alagoas ocorreu, em parte, quando Lira ocupava um cargo no comando do Legislativo estadual.
O deputado é o candidato do governo Jair Bolsonaro para suceder Rodrigo Maia (DEM) na presidência da Câmara dos Deputados.
(Com informações da Agência Estado)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.