A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu oficialmente nesta quinta-feira 14 uma acareação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid.
O objetivo, segundo o requerimento, é identificar a ligação entre Cid e os atos golpistas na capital federal. “Aparentemente, tal vinculação não se deu por motu proprio, mas no estrito cumprimento de ordens superiores, aparentemente antijurídicas”, diz o texto.
“Este Colegiado precisa se debruçar sobre a verdade dos fatos atinentes à ajudância de ordens, sobretudo dentro do contexto recente de fechamento de um acordo de colaboração premiada entre a Polícia Federal e o Senhor Mauro Cid, já devidamente homologado pelo Supremo Tribunal Federal”, completa Gama.
Para que a acareação ocorra, o requerimento tem de ser chancelado pela maioria dos integrantes da CPMI. A decisão sobre pautar a votação do documento cabe ao presidente do colegiado, o deputado Arthur Maia (União-BA).
No último sábado 9, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liberdade provisória a Mauro Cid e homologou o acordo de delação premiada firmado pela Polícia Federal com o militar.
Cid estava preso desde maio, sob suspeita de envolvimento em uma suposta fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19, inclusive o de Bolsonaro. A situação do tenente-coronel se complicou ainda mais com a operação deflagrada pela PF para apurar o desvio de presentes recebidos em viagens oficiais pelo governo do ex-capitão. A conspiração golpista de 2022 também ajuda a emparedar Cid no Poder Judiciário.
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