Política

Relator fala em aterrissagem suave dos PLs de combustíveis na Câmara

Segundo o senador Jean Paul Prates (PT-RN), Arthur Lira ‘se animou’ ao receber as propostas

Relator fala em aterrissagem suave dos PLs de combustíveis na Câmara
Relator fala em aterrissagem suave dos PLs de combustíveis na Câmara
Jean Paul Prates, novo presidente da Petrobras. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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O senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse neste domingo, 20, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), “gostou” e “se animou” com as medidas apresentadas por ele nos projetos de lei que tratam de combustíveis. O petista reafirmou que o objetivo é votar as matérias no Senado entre terça e quarta-feira e previu uma “aterrissagem suave” dos PLs na Câmara.

“Fechamos algumas soluções de consenso e fomos conversar com o presidente da Câmara imediatamente”, disse Prates, durante entrevista à CNN Brasil, em referência à reunião entre Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ele na quarta-feira, 16. “Ele, ao receber essas soluções, gostou, se animou mais, tanto que deu entrevista dizendo que agora a prioridade seriam os PLs e não mais a PEC, necessariamente.”

Após o encontro com os senadores, Lira disse a jornalistas que as Propostas de Emenda à Constituição apresentadas no Congresso para desonerar impostos sobre os combustíveis sem compensação fiscal estavam “definitivamente afastadas” e que o foco seriam os projetos relatados no Senado por Prates.

De acordo com o petista, a ideia é que a Câmara se debruce sobre os projetos depois do carnaval. Nesta sexta-feira, 18, Prates apresentou um novo parecer do projeto de lei que cria uma conta de estabilização para o preço dos combustíveis no País.

Apesar da reação de líderes partidários, ele manteve a criação de um imposto sobre exportação de petróleo bruto no texto. O projeto propõe o tributo como uma das fontes de arrecadação da conta. O programa cria uma espécie de “colchão” para amenizar as altas nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

De acordo com a proposta, o imposto dependerá de regulamentação do Executivo, com alíquotas que variam de 0% para o barril a 45 dólares e de 12,5% a 20% para o produto acima de 100 dólares. A cotação do petróleo se aproximou desse nível nos últimos dias no mercado internacional.

Além desse texto, o Senado pautou outro projeto, que altera o modelo de cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), arrecadado pelos Estados, e dobra o alcance do vale-gás a famílias carentes.

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