Economia

Relator diz que a Câmara não votará o PL do Carf nesta terça

O parecer de Beto Pereira (PSDB-MS), apresentado na segunda-feira, devolve à União o voto de qualidade nos processos em disputa

Foto: Edu Andrade/Ascom/MF
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O relator do projeto de lei sobre o Conselho Administrativo de Recursos Federais, deputado Beto Pereira (PSDB-MS), afirmou que a Câmara não votará a matéria na sessão desta terça-feira 4. Segundo ele, ainda há ajustes a serem feitos em seu parecer, divulgado na segunda 3, além de haver pontos pendentes de acordo entre os parlamentares.

O relatório devolve à União o voto de qualidade nos processos em disputa. Esse sistema, que vigorou até 2020, permitia que o presidente do Carf [indicado pelo Ministério da Fazenda] desempatasse julgamentos no órgão, que analisa dívidas de contribuintes com a Receita Federal no âmbito administrativo. A partir daquele ano, a Lei 13.988 concedeu vantagem ao contribuinte, geralmente grandes empresas, nos julgamentos encerrados em empate.

“Não vota hoje. O processo ainda está em maturação. As pessoas precisam conhecer o texto, sugerir. Tem uma sugestão ou outra que se faz necessário”, afirmou Pereira à ao jornal Folha de S.Paulo.

A base para o relator construir seu parecer é um acordo promovido em fevereiro entre a Fazenda e a Ordem dos Advogados do Brasil. Na prática, essa saída livra contribuintes do pagamento de multas e de juros quando a decisão ocorrer via voto de qualidade.

Assim, segundo o relatório, o pagamento deverá ser realizado em até doze parcelas e abrangerá apenas “o montante principal do crédito tributário”.

“Nossa posição é a de que, nos casos de empate nos julgamentos realizados pelo Carf, a Fazenda Pública deve dispor do voto de qualidade. Contudo, o crédito tributário constituído sob tal condição deve receber um tratamento especial e favorecido”, diz um trecho do relatório.

O texto inclui um período de transição para lidar com os processos julgados pelo Carf durante a vigência da medida provisória que restituía o voto de qualidade e que perdeu validade no início de junho.

Beto Pereira rejeitou, porém, ampliar o limite mínimo de 60 salários (79,2 mil reais) para que o contribuinte pudesse recorrer ao Carf.

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