Política
Registro de armas de fogo no Brasil cai 53% nos primeiros cinco meses do ano
A média contabilizada por dia foi de 345 novos registros de armas no período – em 2022, eram 687
O registro de armas de fogo caiu 53% nos cinco primeiros meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública nesta quinta-feira 22.
Ao todo, foram registradas 46.363 novas armas de fogo em 2023, ante 98.435 entre janeiro e maio do ano passado – os 12 meses de 2022 tiveram 250.839 armas computadas pela pasta.
A média contabilizada por dia foi de 345 novos registros de armas nos primeiros cinco meses do ano – em 2022, eram 687.
O mês com menos registros neste ano foi abril, com 1.028 novas armas. Agosto do ano passado acumulou mais de 25 mil registros. Enquanto isso, janeiro de 2023 teve o maior registro de novas armas (13.479) no ano.
O ministério também apresentou dados de apreensões realizadas pela Polícia Federal neste ano. A corporação aprendeu 3.259 armas de fogo em todo o País até junho, um aumento de 60% em relação ao registrado em 2022.
A quantidade de armas apreendidas nos primeiros seis meses deste ano é maior do que a série anual de apreensões desde 2018.
Para o ministro Flávio Dino (PSB), os dados mostram que o discurso do governo de Jair Bolsonaro de que haveria uma correlação entre a flexibilização do armamento e a redução de crimes violentos se mostrou equivocado.
“Até o presente momento, nós temos restrição ao armamentismo e não tivemos crescimento de homicídios, mostrando o que sempre dissemos: que não havia uma relação mecânica entre o desarmamento e homicídios”, afirmou.
Dino ainda destacou que a pasta vem construindo uma política sobre o armamento. Entre os pontos da proposta estão diretrizes para restringir a atuação dos clubes de tiros no Brasil e limitar a publicidade das práticas realizadas nesses estabelecimentos.
“Não estamos fechando, proibindo a população de comprar armas. Estamos apenas colocando trilhos responsáveis, exatamente para banir o vale tudo que indevidamente se estabeleceu nos anos mais recentes.”
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.