Política

Região Norte chega a 2012 sem partido hegemônico

Sete partidos diferentes lideram as disputas nas sete capitais: PDT, PT, PMBD, PV, PP, PSOL e PSDB

Campanha de Marcus Alexandre em Rio Branco, onde a hegemonia do PT é desafiada. Foto: PT-AC
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Se confirmadas as projeções das pesquisas eleitorais, não haverá partido com mais de uma prefeitura entre as sete capitais da região Norte a partir de 2013. O PT, que em 2008 elegeu três prefeitos (em Rio Branco, Porto Velho e Palmas) corre o risco de sair das urnas neste ano sem nenhum.

A cidade onde o partido tem mais chances é a capital do Acre. O partido domina as eleições na região há quase 15 anos e venceu as últimas duas eleições em Rio Branco com Raimundo Angelim. Em 2012, o candidato Marcus Alexandre (PT) lidera com 43% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope de setembro. Mas a vantagem sobre Tião Bocalom (PSDB) é apertada. O tucano tem 39% e pode ser ajudado pelo desempenho do candidato Fernando Melo, do PMDB, que tem 6% e pode forçar um inédito segundo turno na capital acriana.

O revés seria a primeira grande derrota do partido no estado administrado pelo PT desde 1998, quando Jorge Viana se elegeu governador. Na terra de Chico Mendes, um dos fundadores do PT e símbolo da luta em defesa da Amazônia, a legenda e seus aliados (a Frente Popular do Acre) têm a maioria dos parlamentares eleitos, inclusive dois senadores petistas, o governo do estado e o controle da capital.

Em Palmas, capital do Tocantins, o prefeito eleito pelo PT, Raul Filho, perdeu apoio no partido após aparecer em um vídeo suspeito com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Hoje o partido não tem sequer candidato à prefeitura (apenas apoia a candidata Luana Ribeiro, do PV, que tem menos de 10% das intenções de voto). O favorito da disputa é Carlos Amastha (PP), seguido por Marcelo Lelis (PV).

Em Porto Velho, a candidato à sucessão de Roberto Sobrinho (PT) é Fátima Cleide, que não decolou nas pesquisas e figura na modesta quinta colocação. Lindomar Garçon (PV) é o favorito para vencer a disputa.

Nas outras disputas o partido aparece como mero coadjuvante. É o caso de Macapá, que deve eleger com folga o atual prefeito, Roberto Góes (PDT). O principal adversário dele é Clésio, do PSOL. Na capital do Amapá o PT abriu mão da cabeça de chapa e indicou Van Vilhena como candidato a vice de Cristina Almeida (PSB), praticamente sem chance de vitória.

Em Boa Vista, o partido também faz apenas parte da chapa de Mecias de Jesus, candidata do PRB que deve assistir de longe à vitória da deputada Teresa Surita (PMDB). Paulista, Surita mora na região desde o fim dos anos 1990. A favorita na disputa, sempre com mais de 50% das intenções de voto, é irmã do apresentador Emilio Surita, do programa Pânico na TV, e ex-mulher do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Nas duas principais cidades da região, Belém e Manaus, a disputa é mais acirrada. Em Belém, o candidato Edmílson Rodrigues é o favorito para levar o PSOL, pela primeira vez, à vitória em uma capital. Seu principal adversário é Zenaldo Coutinho (PSDB). (Leia mais ).

Em Manaus é o PSDB de Arthur Virgílio o grande favorito (leia mais ). O ex-senador pelo Amazonas liderou a campanha desde o início, mas viu crescer, na reta final, a candidatura de Vanessa Grazziotin (PCdoB), apoiada pelo PT (que indicou o vice Vital Melo). O partido tem um interesse especial no resultado da capital amazonense. Virgílio é inimigo declarado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu se engajar na campanha para ajudar a diminuir as chances do tucano e enterrar a vida política do rival.

Confirmados o favoritismo, as sete capitais do Norte seriam, a partir de 2013, administradas por sete legendas diferentes: PDT, PT, PMDB, PV, PP, PSOL e PSDB.

Se confirmadas as projeções das pesquisas eleitorais, não haverá partido com mais de uma prefeitura entre as sete capitais da região Norte a partir de 2013. O PT, que em 2008 elegeu três prefeitos (em Rio Branco, Porto Velho e Palmas) corre o risco de sair das urnas neste ano sem nenhum.

A cidade onde o partido tem mais chances é a capital do Acre. O partido domina as eleições na região há quase 15 anos e venceu as últimas duas eleições em Rio Branco com Raimundo Angelim. Em 2012, o candidato Marcus Alexandre (PT) lidera com 43% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope de setembro. Mas a vantagem sobre Tião Bocalom (PSDB) é apertada. O tucano tem 39% e pode ser ajudado pelo desempenho do candidato Fernando Melo, do PMDB, que tem 6% e pode forçar um inédito segundo turno na capital acriana.

O revés seria a primeira grande derrota do partido no estado administrado pelo PT desde 1998, quando Jorge Viana se elegeu governador. Na terra de Chico Mendes, um dos fundadores do PT e símbolo da luta em defesa da Amazônia, a legenda e seus aliados (a Frente Popular do Acre) têm a maioria dos parlamentares eleitos, inclusive dois senadores petistas, o governo do estado e o controle da capital.

Em Palmas, capital do Tocantins, o prefeito eleito pelo PT, Raul Filho, perdeu apoio no partido após aparecer em um vídeo suspeito com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Hoje o partido não tem sequer candidato à prefeitura (apenas apoia a candidata Luana Ribeiro, do PV, que tem menos de 10% das intenções de voto). O favorito da disputa é Carlos Amastha (PP), seguido por Marcelo Lelis (PV).

Em Porto Velho, a candidato à sucessão de Roberto Sobrinho (PT) é Fátima Cleide, que não decolou nas pesquisas e figura na modesta quinta colocação. Lindomar Garçon (PV) é o favorito para vencer a disputa.

Nas outras disputas o partido aparece como mero coadjuvante. É o caso de Macapá, que deve eleger com folga o atual prefeito, Roberto Góes (PDT). O principal adversário dele é Clésio, do PSOL. Na capital do Amapá o PT abriu mão da cabeça de chapa e indicou Van Vilhena como candidato a vice de Cristina Almeida (PSB), praticamente sem chance de vitória.

Em Boa Vista, o partido também faz apenas parte da chapa de Mecias de Jesus, candidata do PRB que deve assistir de longe à vitória da deputada Teresa Surita (PMDB). Paulista, Surita mora na região desde o fim dos anos 1990. A favorita na disputa, sempre com mais de 50% das intenções de voto, é irmã do apresentador Emilio Surita, do programa Pânico na TV, e ex-mulher do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Nas duas principais cidades da região, Belém e Manaus, a disputa é mais acirrada. Em Belém, o candidato Edmílson Rodrigues é o favorito para levar o PSOL, pela primeira vez, à vitória em uma capital. Seu principal adversário é Zenaldo Coutinho (PSDB). (Leia mais ).

Em Manaus é o PSDB de Arthur Virgílio o grande favorito (leia mais ). O ex-senador pelo Amazonas liderou a campanha desde o início, mas viu crescer, na reta final, a candidatura de Vanessa Grazziotin (PCdoB), apoiada pelo PT (que indicou o vice Vital Melo). O partido tem um interesse especial no resultado da capital amazonense. Virgílio é inimigo declarado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu se engajar na campanha para ajudar a diminuir as chances do tucano e enterrar a vida política do rival.

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