Política

Recife: o maior erro do PT

Intervenção paulista na briga entre João da Costa e João Paulo fez partido despencar nas pesquisas

Geraldo Júlio faz comício lado de Eduardo Campos. Foto: Divulgação / PSB
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Candidato à prefeitura de Recife, Humberto Costa (PT) tinha 40% das intenções de voto no começo de julho, segundo pesquisa Ibope. Liderava com folga e venceria a eleição no primeiro turno. Mas, a uma semana do pleito, pesquisa do mesmo instituto mostrava o petista com 16% dos votos. A perspectiva é de não ir ao segundo turno. A candidatura fracassada de Costa foi imposta pela direção nacional do PT. Dentro do partido, é tido como o maior erro desta eleição.

Os problemas apareceram já na articulação da candidatura. O atual prefeito da cidade, João da Costa, saiu vitorioso das prévias realizadas contra o secretário de governo, Maurício Rands. A eleição interna foi abalada por denúncias de fraudes e a Executiva Nacional do PT interveio para impor a candidatura do senador Humberto Costa.

Em meio as brigas do partido em Pernambuco, Costa foi recebido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo. Posou para fotos e teve sua candidatura ungida pelo ex-presidente. João da Costa recorreu até às últimas instâncias do partido, mas não teve sucesso e deixou um rastro de desunião. Maurício Rands, irritado, deixou o PT e abandonou a política.

 

Diante da confusão petista, rompeu-se a aliança histórica entre PT e PSB na cidade. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que iria comandar o processo eleitoral na capital independentemente das decisões do PT. Lançou o então desconhecido secretário estadual de desenvolvimento econômico, Geraldo Júlio (PSB), como candidato.

Geraldo Júlio partiu do zero para 41% dos votos em três meses. Após 12 anos, o PT deverá perder o comando da capital e o PSB caminha para controlar o estado e a prefeitura. Lula havia prometido participar da campanha. Diante da iminente derrota, desistiu de ir a Recife. Abandonado, o preterido João da Costa voltou à cena na última semana para falar publicamente o que os petistas têm falado em ambientes fechados. “Humberto Costa e João Paulo (candidato à vice e ex-prefeito) estão protagonizando a maior derrota do PT no Brasil”.

Tucano verde em ascensão

Confirmando-se as pesquisas, o tucano Daniel Coelho deve ir ao segundo turno contra Geraldo Júlio. Coelho é um tucano recém-convertido. Deputado estadual, desfiliou-se do PV ano passado para ser o candidato do PSDB nesta eleição.

Na campanha, tem evitado usar os símbolos e as cores tradicionais do seu atual partido (azul e amarelo). Usa o mote “a onda verde da esperança” e diz ser o único entre os candidatos a não depender de um partido político. Sua subida nas pesquisas é impressionante. Em julho, tinha 8% dos votos, agora tem 25% segundo o Datafolha, e deixou Humberto Costa para trás. Se confirmada a sua ida para o segundo turno, terá uma missão complicada: atrair, como candidato do PSDB, os votos dos petistas.

Candidato à prefeitura de Recife, Humberto Costa (PT) tinha 40% das intenções de voto no começo de julho, segundo pesquisa Ibope. Liderava com folga e venceria a eleição no primeiro turno. Mas, a uma semana do pleito, pesquisa do mesmo instituto mostrava o petista com 16% dos votos. A perspectiva é de não ir ao segundo turno. A candidatura fracassada de Costa foi imposta pela direção nacional do PT. Dentro do partido, é tido como o maior erro desta eleição.

Os problemas apareceram já na articulação da candidatura. O atual prefeito da cidade, João da Costa, saiu vitorioso das prévias realizadas contra o secretário de governo, Maurício Rands. A eleição interna foi abalada por denúncias de fraudes e a Executiva Nacional do PT interveio para impor a candidatura do senador Humberto Costa.

Em meio as brigas do partido em Pernambuco, Costa foi recebido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo. Posou para fotos e teve sua candidatura ungida pelo ex-presidente. João da Costa recorreu até às últimas instâncias do partido, mas não teve sucesso e deixou um rastro de desunião. Maurício Rands, irritado, deixou o PT e abandonou a política.

 

Diante da confusão petista, rompeu-se a aliança histórica entre PT e PSB na cidade. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que iria comandar o processo eleitoral na capital independentemente das decisões do PT. Lançou o então desconhecido secretário estadual de desenvolvimento econômico, Geraldo Júlio (PSB), como candidato.

Geraldo Júlio partiu do zero para 41% dos votos em três meses. Após 12 anos, o PT deverá perder o comando da capital e o PSB caminha para controlar o estado e a prefeitura. Lula havia prometido participar da campanha. Diante da iminente derrota, desistiu de ir a Recife. Abandonado, o preterido João da Costa voltou à cena na última semana para falar publicamente o que os petistas têm falado em ambientes fechados. “Humberto Costa e João Paulo (candidato à vice e ex-prefeito) estão protagonizando a maior derrota do PT no Brasil”.

Tucano verde em ascensão

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