Política
Comitê de Campos amanhece com faixas pretas e clima é de tristeza
Os pouco colaboradores que foram ao local do candidato, no bairro Parnamirim, tinham semblante abatido e vestiam camisas pretas


O principal comitê de campanha do PSB no Recife amanheceu nesta quinta-feira 14 com faixas pretas nos muros, em luto pela morte do candidato do partido à Presidência da República, Eduardo Campos, que morreu ontem em acidente aéreo em Santos (SP). Os pouco colaboradores que foram ao local, no bairro Parnamirim, tinham semblante abatido e vestiam camisas pretas.
O coordenador de Infraestrutura do comitê, Gustavo Melo, informou que a campanha está suspensa por tempo indeterminado. “A campanha está parada, como se o exército perdesse o seu líder.” Ainda sem definição sobre o futura da chapa, correligionários foram orientados a recolher material de campanha com a foto de Eduardo Campos espalhado nas ruas da capital.
“Mais de 90% das nossas peças têm a foto de Eduardo. Tínhamos uma programação, um cronograma e tudo foi abortado. O momento agora não é de campanha. É de luto e tristeza. Está todo mundo abatido”, acrescentou Melo.
Nas ruas da capital pernambucana, o sentimento também é de tristeza e incredulidade. O vigilante Luiz Antônio Cândido disse à Agência Brasil que “ficou sem ação” com a tragédia. Segundo ele, a cidade praticamente parou depois da notícia do acidente. “Pernambuco parou. Não registrei nenhum carro. Hoje também está muito diferente do normal”, comentou o vigilante.
A vendedora autônoma Sunamita Rodrigues disse que a tristeza pela morte do ex-governador é semelhante ao sentimento da perda de um ente querido da família. “Não acompanho muito política, mas gostava muito dele. É um sentimento de profunda tristeza, como se um parente tivesse morrido”.
A doméstica Jacilda Lopes disse ainda não acreditar no ocorrido. “Estou muito triste. Eu vejo na televisão, mas ainda não acredito que essa tragédia aconteceu”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.