Economia

Motta e Alcolumbre se unem ao governo em resposta ao tarifaço de Trump e enfraquecem Bolsonaro

Líderes do Congresso afirmam compromisso com soberania após reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin

Motta e Alcolumbre se unem ao governo em resposta ao tarifaço de Trump e enfraquecem Bolsonaro
Motta e Alcolumbre se unem ao governo em resposta ao tarifaço de Trump e enfraquecem Bolsonaro
Hugo Motta, Geraldo Alckmin e Davi Alcolumbre reuniram-se na Residência Oficial do presidente do Senado. Foto: Pedro Gontijo/Senado
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Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniram na manhã desta quarta-feira 16 com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para traçar a estratégia de resposta ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

No encontro, também estiveram presentes a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT) e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Rogério Carvalho (PT-SE), Weverton Rocha (PDT-MA), Fernando Farias (MDB-AL) e Nelsinho Trad (MDB-MS). O grupo alinhou que a reação brasileira deve ser conduzida pelo Executivo, com total apoio do Legislativo.

“O Parlamento brasileiro está unido em torno da defesa dos interesses nacionais e da soberania do país. Estamos à disposição para garantir que o Brasil não seja submetido a decisões externas que interfiram em nosso desenvolvimento”, afirmou Alcolumbre. “E vejo, neste momento, [um cenário] de agressão ao Brasil e aos brasileiros, isso não é correto. E temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade essa relação”, disse.

Hugo Motta reforçou essa visão, afirmando que o Congresso está pronto para agir com rapidez em apoio às medidas do governo. “Hoje, a população brasileira entende que não podemos permitir que interesses externos, motivados por questões políticas internas, interfiram na nossa soberania. Com união e responsabilidade, vamos superar esse desafio”, declarou.

Alckmin, por sua vez, criticou a justificativa apresentada pelo governo americano, ressaltando que os EUA mantêm superávit na balança comercial com o Brasil e que boa parte das exportações norte-americanas ao país é isenta de tarifas. O vice-presidente reafirmou que o governo buscará soluções diplomáticas e comerciais para reverter a decisão.

O movimento conjunto das lideranças do Congresso e do Executivo acentua o isolamento político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem defendido a taxação americana por interesses pessoais, articulando medidas de anistia para ele e seus aliados. No entanto, o Congresso Nacional enterrou de vez essa possibilidade, ignorando os apelos bolsonaristas e reforçando o apoio integral ao governo Lula (PT).

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