A cúpula da CPI da Covid reforçou, nesta quarta-feira 10, que não aceitará “protelação” do procurador-geral da República, Augusto Aras, em relação ao relatório aprovado pelo colegiado. Aras poderia até ser convocado a prestar explicações aos senadores.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), estão em São Paulo para reuniões com o procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo e os membros da força-tarefa do Ministério Público paulista que investiga a Prevent Senior.
“Não aceitaremos protelação do caso. No dia 27 de novembro, corridos 30 dias, se não tiver providência efetiva, o senhor PGR será convocado”, declarou Randolfe a jornalistas.
Também nesta quarta, o MPF divulgou uma nota em que afirma que a análise do relatório da CPI da Covid “seguirá regras e prazos legais”.
O órgão diz ter recebido apenas na terça-feira 9 “os documentos sigilosos reunidos ou produzidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito, ao longo de seis meses”. A demora entre o encerramento dos trabalhos da CPI e o recebimento integral dos arquivos, diz o MPF, “deve-se a dificuldades operacionais decorrentes do volume do material (aproximadamente 4 terabytes) e da necessidade de se observar os protocolos institucionais que visam assegurar a cadeia de custódia, fundamental à validade jurídica das informações”.
O MPF ainda informou que os próximos passos serão o envio do material à Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise e, na sequência, o encaminhamento à equipe de investigadores “que atua em auxílio ao procurador-geral da República”.
“Dessa análise, decorrerão eventuais pedidos de diligências e demais providências cabíveis em relação a todos os fatos apontados e indiciamentos sugeridos pelos parlamentares.”
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