Política
Randolfe Rodrigues espera ter 29 assinaturas para CPI do MEC até quarta
Em entrevista à Rádio Eldorado, o parlamentar afirmou que sua pretensão é alcançar essa quantidade até a quarta-feira desta semana


O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse nesta segunda-feira 11, que espera alcançar 29 assinaturas no Senado para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue denúncias de corrupção no Ministério da Educação.
O mínimo necessário para a abertura do comitê de investigação, 27 subscrições, já havia sido alcançado na última sexta-feira, 8. Contudo, o quórum caiu após o recuo de três senadores: Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-AC) e Weverton Rocha (PDT-MA).
“Talvez não tenhamos a margem que esperávamos, mas temos a pretensão de chegar pelo menos a 28 ou 29 assinaturas”, disse. Um dos parlamentares que devem ingressar na lista de apoios nos próximos dias é Marcelo Castro (MDB-PI).
Randolfe atribuiu a retirada das assinaturas a uma “força-tarefa” coordenada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. “O ministro está atuando com os mecanismos de força que ele tem, com o orçamento secreto, com (as emendas) RP9 mobilizando todas as estruturas do governo Bolsonaro para impedir que a investigação se concretize.”
Apesar das denúncias de corrupção envolvendo Nogueira, como o uso de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para atender a aliados do Centrão, o senador não vê risco à permanência do ministro no governo. “Ao contrário, porque o governo é a partir dele, ele é o sustentáculo”, disse. Randolfe acrescentou considerar que, com o aval da Casa Civil, o Ministério da Educação tornou-se “um balcão de negócios para atender aos interesses do Centrão e do mais baixo clero da corrupção”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.