Política

Rachadinha: Flávio Bolsonaro presta depoimento nesta segunda-feira ao MPF

Senador foi acusado pelo suplente, Paulo Marinho, de ter recebido informações sobre operação que chegaria a Queiroz para demiti-lo a tempo

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestará depoimento na tarde desta segunda-feira 20 para esclarecer suspeitas de que ele teria recebido informações privilegiadas sobre a Operação Furna da Onça, que, em 2018, começou as investigações sobre o esquema de rachadinhas envolvendo Fabrício Queiroz e o gabinete de Flávio.

Por ser senador, Flávio pode prestar o depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) de seu gabinete parlamentar. O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro irá falar como testemunha do suposto vazamento, que foi denunciado por seu suplente Paulo Marinho em uma entrevista à Folha de S. Paulo.

Em maio, Marinho afirmou que ele foi informado com antecedência, por um delegado da Polícia Federal do Rio de Janeiro, sobre a Operação Furna da Onça, que levantou acusações de desvio de dinheiro público por Fabrício Queiroz, ex-funcionário de Flávio em seu gabinete de deputado estadual no Rio.

O empresário, então um importante apoiador da campanha presidencial de Bolsonaro, alega que, de acordo com relatos de Flávio, o delegado adiou a deflagração da operação para que a campanha do ex-capitão não fosse atrapalhada.

O mesmo delegado orientou o senador a demitir Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro em Brasília. Os dois foram exonerados em 15 de outubro de 2018.

“As investigações do controle externo visam descobrir se policiais federais vazaram informações sigilosas para privilegiar quem quer que seja. Caso fique comprovado qualquer vazamento, mesmo uma simples informações, os policiais responsáveis podem ser presos e até perder o cargo por improbidade”, afirmou o procurador Eduardo Benones, que pediu pela abertura das investigações.

Marinho já prestou depoimento ao MPF sobre o caso ainda em maio. Na ocasião, afirmou ter apresentado provas ao MPF sobre as acusações feitas. Flávio Bolsonaro nega as acusações e diz ter um “pouco de pena” pelo “desespero” de Marinho. “Preferiu virar as costas a quem lhe estendeu a mão. Trocou a família Bolsonaro por Doria e Witzel, parece ter sido tomado pela ambição. É fácil entender esse tipo de ataque ao lembrar que ele, Paulo Marinho, tem interesse em me prejudicar, já que seria meu substituto no Senado”.

Fabrício Queiroz cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro junto com sua esposa, Márcia Aguiar. Ele foi preso no começo de junho em um sítio em Atibaia (SP) pertencente ao ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

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