Septuagenária, a Petrobras está no centro de incontáveis embates ideológicos, políticos e até mesmo judiciais desde a histórica campanha “O Petróleo É Nosso”, quando a existência de uma companhia petrolífera nacional não passava de uma ideia. Criada por Getúlio Vargas em 1953, a empresa atuou sob gestões dos mais variados matizes, dos militares da ditadura aos “marxistas” dos governos do PT. As disputas em torno de seu papel para o desenvolvimento do País nunca deixaram de acontecer, mas nenhuma delas havia abalado tão fortemente a estatal quanto as sanções impostas pela Lava Jato e a consequente venda de ativos, iniciada no governo de Michel Temer e aprofundada por Jair Bolsonaro.
Com a vitória de Lula e a nomeação do senador petista Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras, foi anunciado um novo ciclo, que tem como norte o fortalecimento da estatal e sua requalificação para atuar como protagonista na reindustrialização e na transição energética, pontos estratégicos da agenda lulista. Espantosamente, alguns dos principais artífices do processo de desinvestimento bolsonarista não só continuam em cargos de chefia como têm sido promovidos.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login