Política

Questionado sobre Silas Malafaia, Serra se irrita em entrevista

Candidato tucano não respondeu se havia se tornado “um político conversador”

Questionado sobre Silas Malafaia, Serra se irrita em entrevista
Questionado sobre Silas Malafaia, Serra se irrita em entrevista
Apoie Siga-nos no

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, se irritou na manhã desta terça-feira 16 em entrevista à rádio CBN após ser questionado sobre o apoio que recebe do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus.

A pergunta que incomodou o candidato foi feita pelo jornalista Kennedy Alencar. Ele contextualizou a pergunta falando da semelhança entre um material feito pelo governo de São Paulo em 2009, quando Serra era governador, e o “kit gay” que seria distribuído pelo Ministério da Educação durante a gestão de Fernando Haddad (PT). O jornalista falou que Serra teria apoio da “direita intolerante, como o pastor Silas Malafaia, que diz que a homossexualidade é doença e não orientação”. Ao final, Alencar perguntou: “é uma contradição por uma conveniência eleitoral ou o senhor se tornou um político conservador e mudou de ideia?”

Em seguida, Serra não respondeu a pergunta e repetiu diversas vezes: “você leu a cartilha do estado?”. Depois, disse “de duas uma: se você viu está mentindo. Se você não leu, eu até aceito, porque o que está falando é mentira.” Serra ainda insinuou que o jornalista votasse no outro candidato à prefeitura, Fernando Haddad (PT). “Mais modéstia, você está na CBN, não pode fazer campanha eleitoral aqui na CBN”, disse o candidato. “Eu sei que você tem um candidato. Modere. Você que é um jornalista tem que ser mais comportado.”

A entrevista prosseguiu sem a presença de Alencar. Em seu twitter, o jornalista disse que saiu da entrevista porque estava dentro de um avião indo para Fortaleza. A entrevista pode ser ouvida na íntegra no site da rádio CBN.

No restante da entrevista, Serra ainda se mostrou incomodado com outras perguntas. Questionado sobre as pesquisas que o mostram atrás do candidato petista, disse que os “tudo que elas (pesquisas) previram ao longo do primeiro turno, erraram”. Também reclamou dos critérios da ONG Nossa São Paulo, que mostra o não cumprimento da maior parte das metas da gestão de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura.

Na semana passada, o pastor Silas Malafaia afirmou que pretendia “arrebentar” com Haddad e declarou apoio a Serra. O tucano, em seguida, se distanciou do apoio de Malafaia, mas uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostrou que Serra teria um acerto com Malafaia pelo qual o pastor continuaria atacando o candidato petista enquanto o tucano se afastaria dessas declarações. Uma fotografia tirada pelo portal Terra flagrou um recado deixado pela assessoria de Serra em um tablet. O recado dizia: “Sobre o Malafaia, ele pediu para avisar que não vê problema em você se desvincular dele nas entrevistas”, dizia o texto.

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, se irritou na manhã desta terça-feira 16 em entrevista à rádio CBN após ser questionado sobre o apoio que recebe do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus.

A pergunta que incomodou o candidato foi feita pelo jornalista Kennedy Alencar. Ele contextualizou a pergunta falando da semelhança entre um material feito pelo governo de São Paulo em 2009, quando Serra era governador, e o “kit gay” que seria distribuído pelo Ministério da Educação durante a gestão de Fernando Haddad (PT). O jornalista falou que Serra teria apoio da “direita intolerante, como o pastor Silas Malafaia, que diz que a homossexualidade é doença e não orientação”. Ao final, Alencar perguntou: “é uma contradição por uma conveniência eleitoral ou o senhor se tornou um político conservador e mudou de ideia?”

Em seguida, Serra não respondeu a pergunta e repetiu diversas vezes: “você leu a cartilha do estado?”. Depois, disse “de duas uma: se você viu está mentindo. Se você não leu, eu até aceito, porque o que está falando é mentira.” Serra ainda insinuou que o jornalista votasse no outro candidato à prefeitura, Fernando Haddad (PT). “Mais modéstia, você está na CBN, não pode fazer campanha eleitoral aqui na CBN”, disse o candidato. “Eu sei que você tem um candidato. Modere. Você que é um jornalista tem que ser mais comportado.”

A entrevista prosseguiu sem a presença de Alencar. Em seu twitter, o jornalista disse que saiu da entrevista porque estava dentro de um avião indo para Fortaleza. A entrevista pode ser ouvida na íntegra no site da rádio CBN.

No restante da entrevista, Serra ainda se mostrou incomodado com outras perguntas. Questionado sobre as pesquisas que o mostram atrás do candidato petista, disse que os “tudo que elas (pesquisas) previram ao longo do primeiro turno, erraram”. Também reclamou dos critérios da ONG Nossa São Paulo, que mostra o não cumprimento da maior parte das metas da gestão de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura.

Na semana passada, o pastor Silas Malafaia afirmou que pretendia “arrebentar” com Haddad e declarou apoio a Serra. O tucano, em seguida, se distanciou do apoio de Malafaia, mas uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostrou que Serra teria um acerto com Malafaia pelo qual o pastor continuaria atacando o candidato petista enquanto o tucano se afastaria dessas declarações. Uma fotografia tirada pelo portal Terra flagrou um recado deixado pela assessoria de Serra em um tablet. O recado dizia: “Sobre o Malafaia, ele pediu para avisar que não vê problema em você se desvincular dele nas entrevistas”, dizia o texto.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo