Política

Quem são os deputados do PL que não assinaram a urgência da anistia aos golpistas

O texto foi protocolado pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), nesta segunda-feira com 262 apoios

Quem são os deputados do PL que não assinaram a urgência da anistia aos golpistas
Quem são os deputados do PL que não assinaram a urgência da anistia aos golpistas
O deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP). Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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Apenas dois dos 92 parlamentares do Partido Liberal não assinaram o requerimento de urgência que visa acelerar o projeto de lei sobre a anistia aos golpistas do 8 de Janeiro: Antonio Carlos Rodrigues (SP) e Robinson Farias (RN). O texto foi protocolado pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), nesta segunda-feira 14 e conta com 262 apoios.

Rodrigues foi vereador em São Paulo por quatro mandatos, senador e ministro dos Transportes no segundo governo de Dilma Rousseff. O deputado é próximo do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e já fez elogios públicos a ele. Os dois se conhecem há cerca de trinta anos, desde quando exerceu funções no governo paulista. Procurado, Rodrigues não comentou.

O pai de Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações no governo Jair Bolsonaro (PL), o deputado Robinson Farias, também não assinou o requerimento. Ele já se distanciou do PL ao migrar para o Republicanos, porém a oficialização da mudança de sigla no sistema da Casa depende do aval da presidência, o que ainda não ocorreu.

Entre os signatários do requerimento, ao menos quatro estão em partidos que controlam ministérios no governo Lula: MDB, PSD, PP e União Brasil. Das 264 assinaturas, porém, duas foram invalidadas. Mesmo com o número de assinaturas necessário para protocolar a urgência, a decisão de pautar a demanda continua sendo do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A proposta de anistia é vista pela oposição como uma forma de reabilitar politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível para 2026. Nas últimas semanas, a bancada do PL deflagrou uma operação para pressionar o chefe da Câmara a pautar o texto, mas não teve sucesso e passou a buscar apoio no varejo.

CartaCapital perguntou a Sóstenes se haverá punição aos parlamentares que não apoiaram a urgência da anistia. Em resposta, o líder partidário disse que a decisão cabe ao presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e afirmou não ter posição formada sobre o assunto. O mandachuva da legenda também foi procurado, mas ainda não retornou. O espaço segue aberto.

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