Política

Quem é o jornalista bolsonarista que ajudou a colocar bomba em caminhão em Brasília

Wellington Macedo de Souza é considerado foragido após retirar, de forma ilegal, tornozeleira eletrônica

Reprodução redes sociais
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Terceiro envolvido na preparação de um ataque a bomba em Brasília, em dezembro de ano passado, o jornalista cearense Wellington Macedo de Souza, de 47 anos, teve a identidade revelada neste domingo, em reportagem do Fantástico. Ele estava em prisão domiciliar e é considerado foragido após retirar, de forma ilegal, a tornozeleira eletrônica que usava.

Macedo já havia sido preso pela Polícia Federal em setembro de 2021, suspeito de articular e financiar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro daquele ano. Em outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a soltura do jornalista. Moraes entendeu que não havia mais justificativa para a manutenção da prisão, uma vez que a data do ato já havia passado. O ministro, então, determinou que Macedo ficasse em prisão domiciliar, com uma tornozeleira eletrônica.

Antes de ser preso, o jornalista deu uma declaração polêmica sobre uma possível invasão do STF no 7 de setembro de 2021: “A possibilidade é de 80%. São centenas de ônibus. Quando falamos que o povo está indo para Brasília para retomar o poder, é a retomada do poder, já que o presidente da República não tem mais poder”, afirmou, segundo o Estado de Minas.

Macedo foi candidato a deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nas eleições de 2022. Em uma rede social, ele dizia ser “fundador da Marcha da Família Cristã pela Liberdade”. Mesmo condenado, o jornalista frequentava o acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Denúncia aceita pela Justiça

A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal contra Macedo e outros dois envolvidos na explosão da bomba nos arredores do aeroporto foi aceita pelo Tribunal de Justiça neste domingo. O trio foi identificado após a prisão de George Washington de Oliveira Sousa. Ele admitiu, em depoimento, ter participado de um plano para provocar as Forças Armadas a decretarem “estado de sítio” e realizarem uma intervenção militar, o que é inconstitucional.

Segundo a denúncia, Sousa, Alan Diego dos Santos e Macedo montaram o artefato e entregaram o material para que fosse colocado no caminhão de combustível pelo jornalista. Os réus responderão pelo crime de explosão, quando se expões “a perigo a vidam na integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de três a seis anos de prisão e pagamento de multa.

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