Política

Quem é o bombeiro preso nesta segunda suspeito de participar de atos golpistas no DF

Em 2018, o subtenente foi candidato a deputado federal pelo Patriota sob o apelido ‘Júnior Bombeiro’

O subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Roberto Henrique de Souza Júnior. Foto: Reprodução
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A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira 16, em Campos dos Goytacazes (RJ), o subtenente Roberto Henrique de Souza Júnior, bombeiro militar que trabalha em Guarus, no norte fluminense.

Ele é um dos três alvos de prisão temporária na operação deflagrada contra suspeitos de organizar e financiar atos golpistas, inclusive os ataques terroristas à sede dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

Souza Júnior, de 52 anos, foi candidato a deputado federal em 2018 pelo Patriota sob o apelido “Júnior Bombeiro”. Na ocasião, recebeu somente 1.260 votos e não foi eleito.

Em agosto de 2022, o bombeiro foi condenado pela Justiça Federal, por ausência de prestação de contas da campanha. A determinação foi pela devolução de 4 mil reais em recursos do Fundo Partidário.

Em resposta a CartaCapital, o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Leandro Monteiro, disse que a instituição “repudia veementemente quaisquer atos que ameacem o Estado Democrático de Direito”.

Confirmou, ainda, a instauração nesta segunda de um Inquérito Policial Militar a fim de apurar a participação do bombeiro “em ataques contra o patrimônio público e em associações criminosas visando à incitação contra os Poderes institucionais estabelecidos, o que é inadmissível”.

O Corpo de Bombeiros disse acompanhar de perto a operação da PF e seguir “ao dispor das autoridades para colaborar nas investigações”. Segundo a corporação, Souza Júnior será conduzido, ainda nesta segunda, ao Grupamento Especial Prisional, em São Cristóvão.

Outros dois alvos de mandados de prisão ainda são procurados. De acordo com a PF, a investigação tinha o objetivo inicial de identificar lideranças de Campos dos Goytacazes que bloquearam rodovias após a eleição. Na sequência, mirou a organização de atos golpistas em frente ao quartel do Exército na cidade e, por último, a participação dos investigados na organização e no financiamento dos atos que levaram a cenas de terrorismo em Brasília na semana passada.

Os crimes investigados são associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os Poderes institucionais.

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