Política

Quem é Fernando Azevedo e Silva, general indicado para a Defesa?

Bolsonaro confirmou pelo Twitter que general de quatro estrelas será seu ministro, substituindo o também general Joaquim Silva e Luna

Azevedo e Silva foi contemporâneo de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, no final dos anos 1970
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O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta terça-feira 13 o general da reserva Fernando Azevedo e Silva para o cargo de ministro da Defesa. Bolsonaro confirmou a indicação pelo Twitter logo após chegar a Brasília, em sua segunda viagem à capital federal desde as eleições.

Azevedo e Silva foi chefe do Estado-Maior do Exército e passou para a reserva neste ano. Atualmente, o general assessora o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Ele vai suceder no cargo o também general da reserva do Exército Joaquim Silva e Luna, primeiro militar a comandar a pasta desde sua criação, em 1999.

Ao ministério, compete instituir políticas ligadas à defesa e à segurança do país e dirigir as três Forças Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica. O presidente eleito chegou a anunciar o general Augusto Heleno para a Defesa, porém optou por colocar o militar no Gabinete de Segurança Institucional.

Com a escolha de um general, Bolsonaro mantém um oficial-general de quatro estrelas (topo da carreira) à frente do Ministério da Defesa. O atual ministro é o também general, Joaquim Silva e Luna.

Leia também: Número 2 do Exército no STF é sintoma de que fantasmas estão à solta

Histórico

Azevedo e Silva nasceu no Rio de Janeiro e tornou-se aspirante a oficial de Infantaria em 14 de dezembro de 1976. Chegou ao posto de general do Exército em 2014, e passou para a reserva em 2018.

Entre os postos que ocupou na carreira militar estão o de comandante militar do Leste e chefe do Estado-Maior do Exército. Ele ainda chefiou a Autoridade Pública Olímpica durante a gestão da presidente Dilma Rousseff.

Neste ano, passou a assessorar o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Sua indicação foi atribuída ao atual comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.

Azevedo e Silva foi contemporâneo de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde o presidente eleito concluiu o curso de formação em 1977, um ano depois de seu futuro ministro. Ambos tem formação de paraquedista.

O ministro exerceu funções de instrutor e serviu na Presidência da República e no Gabinete do Comandante do Exército, como chefe da assessoria parlamentar e como subchefe de gabinete.

No exterior, desempenhou a função de Chefe de Operações na Missão de Paz da ONU, no Haiti. Já na posto de general, Azevedo e Silva comandou a Brigada de Infantaria Paraquedista e o Centro de Capacitação Física do Exército.

Ao longo da sua vida militar, foi agraciado com 17 condecorações nacionais e quatro estrangeiras, segundo seu perfil na página Comando Militar do Leste, do Exército.

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