Figura central em uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o policial militar aposentado Fabrício Queiroz pagou 133,6 mil reais em dinheiro vivo ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O valor cobriu despesas com cirurgia, internação e equipe médica entre 30 de dezembro de 2018 e 8 de janeiro de 2019, quando o ex-assessor de Flávio Bolsonaro se tratou contra um câncer. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo Paulo Klein, advogado de Queiroz, o valor é compatível com a capacidade financeira do PM aposentado, que teria uma renda anual de 500 mil reais. O dinheiro, Klein afirmou, veio de uma reserva financeira para amortizar uma dívida imobiliária.
Organização criminosa
A investigação contra Flávio Bolsonaro começou após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter identificado uma movimentação suspeita de 1,2 milhão de reais na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
De acordo com o relatório, diversos saques e depósitos em dinheiro vivo foram feitos na conta de Queiroz em datas próximas do pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Rio. O PM já admitiu que recolhia parte do salário de servidores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro para contratar “assessores informais”.
Para o MP-RJ, há indícios de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso.
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