Política

Queiroga diz que quer ser visto ‘como o homem que acabou com a pandemia da Covid-19’

O ministro da Saúde negou possibilidade de sair candidato às eleições: ‘Sou candidato a cumprir o meu compromisso com o presidente Bolsonaro’

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que quer ser visto ‘como o homem que acabou com a pandemia da Covid-19’. A declaração foi dada em entrevista ao O Globo, veiculada neste sábado 29, ao ser questionado sobre a sua gestão frente ao Ministério da Saúde, que completará um ano em março.

Durante a conversa, o ministro negou que, nesse tempo, tenha tido vontade de desistir do cargo, e falou sobre a relação de confiança com o presidente Jair Bolsonaro. “A liderança é o presidente da República, Jair Bolsonaro. Quem faz o ministro forte é a confiança que o presidente tem nele. Desde o começo, o presidente sempre me apoiou. A questão política é ele que decide, porque ele é o chefe do governo. A minha função é de subsidiar com dados técnicos para que ele tome as melhores decisões”.

Questionado sobre as dúvidas que Bolsonaro segue lançando sobre as vacinas, e se isso impactaria o plano de imunização, Queiroga minimizou as posturas do ex-capitão e disse concordar com com a não obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19.

“O presidente tem uma natureza questionadora. Não atrapalha em nada. Ele colocou R$ 33 bilhões para comprar vacinas. A mim mesmo nunca fez nenhum tipo de movimento de resistência à vacina. O presidente tem uma leitura política. Eu tenho uma leitura de política de saúde. Atuamos absolutamente alinhados. O presidente Bolsonaro já sabe qual é a nossa posição. Dos requisitos que ele colocou para mim foi: ‘Queiroga, eu acho que a vacina não deve ser obrigatória. Nós não podemos obrigar as pessoas a se vacinar’. Isso é um ponto de vista dele, e eu concordo”, acrescentou.

Sobre a vacinação infantil, o ministro disse que é favorável, mas novamente recuou ao falar sobre a obrigatoriedade da imunização. “Sou um defensor ferrenho da vacinação. A política de vacinação infantil contra a Covid-19 foi colocada por este ministro. Agora, eu não vou obrigar nenhum pai a vacinar o seu filho, porque eu acho que isso mais atrapalha do que ajuda”.

Ainda durante a entrevista, o ministro defendeu a consulta pública feita pelo seu Ministério quanto à vacinação infantil e disse que a medida ajudou a diminuir a resistência das pessoas à vacina. Disse ainda que novas consultas deverão ser propostas por ele. Queiroga também afirmou que o Ministério da Saúde estuda a viabilidade de incluir a vacina para crianças no Programa Nacional de Imunizações.

O ministro ainda negou que existam chances de que saia como candidato às eleições este ano. “Sou candidato a cumprir o meu compromisso com o presidente Bolsonaro: apoiá-lo no seu projeto em relação ao povo do Brasil”, disse.

“Eu quero que (a história) me defina como o homem que acabou com a pandemia da Covid-19”, finalizou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo