Política
Quatro pessoas são presas acusadas de desvio de recursos da educação em Belford Roxo (RJ)
As investigações apontam esquema para compra de livros didáticos com sobrepreço


Quatro pessoas foram presas nesta terça-feira 11 acusadas de desvio de recursos federais destinados à rede municipal de ensino de Belford Roxo, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Os quatro eram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça. Segundo as investigações, realizadas pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, o grupo desviou recursos da Secretaria Municipal de Educação para compra de livros didáticos.
Na operação desta terça, a PF cumpre ainda 42 mandados de busca e apreensão na própria cidade, em outros municípios do estado do Rio de Janeiro e em Pernambuco, com apoio da Controladoria-Geral da União e da Receita Federal.
A TV Globo, em contato com agentes envolvidos na operação, apurou que o valor dos desvios pode ter passado dos 100 milhões de reais.
Segundo a PF, desde 2017 os livros didáticos destinados aos alunos da cidade são fornecidos por apenas duas empresas, sempre sem licitação. A investigação mostra que as empresas fornecedoras dos livros emitiam documentos falsos para realizar pagamentos superfaturados. Ainda foram identificadas operações para lavagem do dinheiro.
A PF lembrou que os municípios podem receber gratuitamente os livros para alunos da rede pública, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Ministério da Educação (MEC).
CartaCapital entrou em contato com a prefeitura e Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo e aguarda retorno.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

TSE rejeita candidatura de vereador suspeito de ligação com milícia em Belford Roxo (RJ)
Por CartaCapital
Gilmar reafirma competência do STF em processo contra Eduardo Cunha por corrupção
Por CartaCapital