Política

Quando a eleição bate à porta

Após a caótica intervenção, prefeitura, estado e União semeiam promessas

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Com a eleição já no horizonte político da cidade de São Paulo, as promessas de solução partiram de todas as esferas de governo nos últimos dias quando o assunto foi a Cracolândia paulistana. Após a desastrosa ação policial que teve curso nas últimas semanas, recheada de denúncias de vítimas de balas de borracha, spray de pimenta e outras selvagerias sustentadas por um discurso higienista e autoritário que escorraçou viciados sem terem para onde ir, o fogo cruzado de acusações entre prefeitura, estado e União ganhou propostas pragmáticas. Se antes o PSDB acusara o PT de ter implantado o crack na cidade e o último acusara o primeiro de nada ter feito em 17 anos no comando do estado, agora a corrida para assumir a paternidade da solução ganhou cifras.

Em visita ao reduto da desgraça na quarta 18, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prometeu 6,4 milhões de reais para o combate ao crack na cidade. Serão implantadas dez unidades de acolhimento de usuários, 16 “consultórios de rua” e dois novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) 24 horas, afirmou, enquanto passeava ao lado do prefeito Gilberto Kassab pela Cracolândia. Ele visitou inclusive o Complexo Prates, em construção, o mesmo que deveria estar pronto antes da ação. No mesmo dia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prometeu dobrar o número de vagas para o atendimento de viciados, para mais de 800. E disse que fará mais se for preciso. Por que tudo isso não foi feito antes que o caos tomasse a Cracolândia, deixando escancarada a falta de coordenação entre as esferas do poder público e o pouco republicanismo na luta pelos louros de resolver a situação? A resposta não estava no roteiro.

  

A questão do combate ao crack virou o tema da pré-campanha à prefeitura de São Paulo. PT e PSDB trocaram farpas e anunciaram medidas. Mas quem figurou no centro de tudo foi Kassab. Sem deixar claro para onde migrará o apoio de seu PSD, se para o PT, de Fernando Haddad, ou o PSDB, de sabe-se lá que candidato, Kassab aproveita-se dos dois lados. Que o digam as retroescavadeiras que demoliram, na quarta 18, imóveis na Cracolândia que antes abrigavam cenas de consumo explícito de crack. Kassab, que poderia ser o maior prejudicado, posou de eficiente e pode sair por cima na situação, ao usar o flagelo do crack para influenciar a eleição.

Com a eleição já no horizonte político da cidade de São Paulo, as promessas de solução partiram de todas as esferas de governo nos últimos dias quando o assunto foi a Cracolândia paulistana. Após a desastrosa ação policial que teve curso nas últimas semanas, recheada de denúncias de vítimas de balas de borracha, spray de pimenta e outras selvagerias sustentadas por um discurso higienista e autoritário que escorraçou viciados sem terem para onde ir, o fogo cruzado de acusações entre prefeitura, estado e União ganhou propostas pragmáticas. Se antes o PSDB acusara o PT de ter implantado o crack na cidade e o último acusara o primeiro de nada ter feito em 17 anos no comando do estado, agora a corrida para assumir a paternidade da solução ganhou cifras.

Em visita ao reduto da desgraça na quarta 18, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prometeu 6,4 milhões de reais para o combate ao crack na cidade. Serão implantadas dez unidades de acolhimento de usuários, 16 “consultórios de rua” e dois novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) 24 horas, afirmou, enquanto passeava ao lado do prefeito Gilberto Kassab pela Cracolândia. Ele visitou inclusive o Complexo Prates, em construção, o mesmo que deveria estar pronto antes da ação. No mesmo dia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prometeu dobrar o número de vagas para o atendimento de viciados, para mais de 800. E disse que fará mais se for preciso. Por que tudo isso não foi feito antes que o caos tomasse a Cracolândia, deixando escancarada a falta de coordenação entre as esferas do poder público e o pouco republicanismo na luta pelos louros de resolver a situação? A resposta não estava no roteiro.

  

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