Política

Quais são as pautas apresentadas pela indústria ao Congresso

Representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estiveram no Congresso para apresentar documento

Quais são as pautas apresentadas pela indústria ao Congresso
Quais são as pautas apresentadas pela indústria ao Congresso
Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

Representantes do setor industrial apresentaram, nesta terça-feira 19, as pautas que o setor considera prioritárias para este ano.

Por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a categoria pondera que a regulamentação da reforma tributária e a criação de regras para o uso da Inteligência Artificial (IA) no país são os pontos mais importantes a serem discutidos no Legislativo em 2024. 

Em uma sessão solene realizada no Congresso, estiveram presentes o ministro da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin (PSD) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Outro tema considerado prioritário pela indústria é a regulamentação do mercado de carbono. Atualmente, tramita na Câmara o Projeto de Lei (PL) 182, deste ano, que visa criar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). O relator do projeto é o deputado Jaime Martins (PSD-MG).

Em relação à pauta ambiental, Lira comentou, no evento desta terça, que “essa não é uma agenda exclusiva dos industriais”. Segundo o parlamentar, “as demandas do setor e da sociedade estão estreitamente entrelaçadas. Todos queremos prosperidade e riqueza, todos queremos pleno emprego, com respeito ao meio ambiente”. 

Sobre o tema, membros do CNI defendem a criação da Política Nacional de Economia Circular, assim como o marco legal do licenciamento ambiental.

O grupo patronal também destaca a necessidade de aprovação do PL que trata da depreciação acelerada de máquinas e equipamentos, bem como a criação do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que é direcionado ao setor automotivo. 

Os números da produção industrial do país

Os industriais foram ao Congresso em um momento marcado por números importantes sobre o setor. 

Em janeiro, por exemplo, a produção industrial do país teve a maior queda mensal em quase três anos: -1,6% na comparação com o mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por outro lado, em relação a janeiro de 2023, a alta foi de 3,6%. No todo, o ano passado foi marcado por uma expansão de 1,6% da produção industrial brasileira, em relação a 2022

O ano de 2023, porém, foi marcado por uma queda nas vendas e um “aumento das pressões sobre os custos”, segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), divulgado pela S&P Global logo no início de janeiro.

O PMI é um índice mensal que serve para medir como anda a atividade econômica, por exemplo, do setor industrial. A escala vai de 0 a 100, de modo que, se estiver acima dos 50, é indício de expansão do setor. Por outro lado, caso esteja abaixo dos 50, indica recessão.

Apesar do freio no final do ano passado, o ano começou com crescimento na produção. O PMI de fevereiro, divulgado no início de março, ficou em 54,8. Segundo a S&P, parte do crescimento é explicada pelo aumento da demanda.

Os dados divulgados nesta terça-feira pela S&P Global mostram que o PMI do setor industrial brasileiro caiu a 48,4 em dezembro, de 49,4 em novembro, indo ainda mais abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo