Política
Quaest: Lula tem 6 pontos de vantagem para Bolsonaro neste 2º turno
Levantamento mostra estabilidade da disputa presidencial a 4 dias do 2º turno
A pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira 26 mostra que Lula (PT) segue consolidado na liderança da corrida presidencial a 4 dias do segundo turno. O petista tem, segundo os resultados, 48% dos votos totais – 1 ponto a mais do que tinha na semana passada, enquanto Jair Bolsonaro (PL) mantém os mesmos 42%.
Os resultados indicam ainda um leve encolhimento de votos em branco ou nulos neste segundo turno. Na semana anterior, 6% dos entrevistados apontavam essa opção. Atualmente são 5%. Há ainda outros 5% que não souberam ou optaram por não responder aos questionamentos da pesquisa.
Com isso, Lula tem 53% dos votos válidos, ante 47% de Bolsonaro. Os percentuais estão em linha com os dados divulgados na semana anterior. No modelo ‘likely voter’, criado pela Quaest para tentar monitorar a lacuna de abstenção não captada pelas pesquisas, Lula tem 52,1% e Bolsonaro 47,9%. A variação, neste último caso, é positiva para o ex-capitão e negativa para o petista.
Rejeição
A pesquisa desta quara-feira também captou mudança significativa na rejeição a Bolsonaro. O grupo de eleitores que dizem não votar de jeito nenhum no ex-capitão saltou de 46% para 49% neste levantamento. Os dados foram coletados após o episódio envolvendo Roberto Jefferson, ex-deputado e aliado de Bolsonaro que atacou a Polícia Federal com tiros e granadas após ter sua prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal.
No mesmo período, os eleitores que não votam em Lula sob nenhuma hipótese ficaram estáveis e somam os mesmos 43% registrados na semana anterior.
A pesquisa da Quaest ouviu presencialmente 2 mil eleitores entre os dias 23 e 25 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. Na Justiça Eleitoral, o registro é o BR-00470/2022. A pesquisa foi contratada pela consultoria de investimentos Genial.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
