QI em baixa

De súbito, o governo se dispõe a uma faxina profunda e um raio de sol ilumina o cenário

Ao sair do depoimento prestado na PF, Bolsonaro mais uma vez engana seu povo – Imagem: Ton Molina/AFP

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Só falta saírem os ratos do bueiro da capa, a começar pelas ratazanas da política e os figurões da casa-grande, sem esquecer dos frequentadores das redes sociais, na emissão e na recepção. Enfim, os responsáveis pelo atraso brasileiro cada vez mais escancarado à luz de qualquer análise desabrida e honesta. O tempo galopa e os dados, os números do retrocesso, apontam inexoravelmente para a desgraça, a fermentar de um tempo a outro.

Somos o segundo país mais desigual do mundo, de acordo com um estudo do Banco Mundial, e ainda o segundo, ao sabor do mesmo enfoque, de um relatório publicado pelas Nações Unidas em 2019. No primeiro caso, somos ultrapassados apenas pela África do Sul, país do ­Apartheid e, no outro, pelo Catar, campeão mundial em concentração de renda. Para a turba dos xeques médio-orientais também perdemos no confronto: 1% da população brasileira concentra 28,3% da renda total do País, enquanto, por lá, o 1% privilegiado embolsa 29% da renda.

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4 comentários

ricardo fernandes de oliveira 3 de maio de 2023 11h41
Outra bobagem desse texto e dizer que o poder judiciário trabalhou para destruir grandes empresas nacionais. Ora, odebrecht, oas e outras só chegaram onde chegaram por meio de licitações fraudadas, privilégios de todo tipo e superfaturamento, coisas que vinham ocorrendo desde a ditadura, pelo menos. Sem isso, seriam empresas bem menores do que são. É inconcebível que alguém venha a público defender empresas que cresceram praticando crimes.
ricardo fernandes de oliveira 3 de maio de 2023 11h03
O povo não é sujeito passivo dessa história toda. Sustentou e sustenta toda essa barbarie. Atacar o judiciário e usar da mesma lógica bolsonarista: tentar submeter esse poder ao executivo. Não se pode falar em democracia defendendo na prática a monarquia. Se o congresso e desse jeito, o que fazer? Fecha-li, como em qualquer ditadura? Quem elege esse tipo de gente, como um niklas da vida? O Brasil, de fato, e exportador de commodities, desde 1500. Salvo Getúlio, nenhum outro governante se propôs a mudar essa realidade
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 1 de maio de 2023 23h31
O Brasil sempre foi um país prolífico e privilegiado em valores culturais, gênios de todas as matizes, da música, no cinema, na literatura, no jornalismo, no direito às ciências, todos sabemos disso. Todavia que em governos autoritários sempre procuraram calar e intimidar, fazendo com que a criatividade e a inventividade se tornasse um túmulo para a sociedade, Tal qual a sangrenta ditadura de 1964. No último quadriênio do governo Bolsonaro, a bestialidade deste governo destampou de vez a tampa da fossa, do bueiro e figuras maléficas, sinistras e apodrecidas pelo frêmito da ignorância e da vulgaridade vieram à tona para nos fazer estarrecer e contaminar de rusticidade e obscurantismo boa parte da sociedade ingênua e pusilânime, incapazes de cólera diante de uma elite indigente, mesquinha e vulgar. Somente com a punição exemplar de Bolsonaro e seus asseclas e colaboradores que o Brasil vai pôr a limpo fazendo o seu acerto de contas com a história recente, caso contrário, repetiremos os mesmos erros dos que foram anistiados de 1964 em que torturadores e assassinos foram não somente perdoados, mas até condecorados.
José Carlos Gama 28 de abril de 2023 23h49
O desespero esta em não encontrar um contra ponto do que o Nosso querido Mino nos diz. O que nos cabe é apenas aprofundar essas Noticias Populares outrora promovida pela loucura comportamental urbana paulistana, agora extendida às instituiçoes brasileiras que se dizem democráticas mas que vem desde o passado contribuindo para as novas noticias populares representadas nas telonas importadas e telinhas chinesas.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

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