Política

PT não cede, e PR pula para o barco tucano

Segundo Haddad, partido perdeu aliado por não aceitar negociar apoio em SP em troca de espaço no governo federal

O neotucano Antonio Carlos Rodrigues na posse de Mercadante como ministro; vereador estava no palanque com o PT. Foto: Divulgação
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Se uma borboleta bate asas em Brasília, uma ventania é provocada (ou evitada) em São Paulo. Fosse Marta Suplicy a candidata do PT à prefeitura de São Paulo, o vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues, do PR, seria hoje senador da República. Rodrigues é suplente da senadora petista e assumiria o cargo caso a ex-prefeita deixasse o posto.

Mas o candidato petista é Fernando Haddad e Antonio Carlos Rodrigues é ainda um vereador em busca de voos mais altos às portas de uma nova eleição. Tem chances, assim, de começar a eleição como suplente da senadora petista e terminar a campanha como moeda de troca para selar o casamento com os tucanos. Gilberto Kassab, que costurou o apoio, ofereceu ao vereador uma vaga no Tribunal de Contas do Município, segundo a Folha de S.Paulo.

O PR, que há dois anos dividia o palanque com candidatos petistas, já não se contenta com o seu espaço no governo Dilma Rousseff.

Até hoje a direção do PR se ressente do fato de ter perdido o Ministério dos Transportes após a saída forçada de Alfredo Nascimento, suspeito de irregularidades – Paulo Passos, o substituto, é filiado ao partido, mas não tem apoio dos caciques do PR. A eleição na maior cidade do País era a chance de negociar o prestígio perdido na esfera federal – e eventualmente engrossar de novo as fileiras da base aliada.

Como o plano não vingou, não pensou duas vezes antes de embarcar para a canoa de José Serra.

No dia do anúncio, a ordem no PT, que ainda não fechou acordo com nenhum aliado para a campanha em São Paulo, era minimizar o chapéu tomado pelos ex-aliados.

Em visita à Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, Haddad afirmou ainda na segunda-feira 4 que o PT não aceitaria “nacionalizar” a negociação. “A partir do momento em que o PR resolveu nacionalizar um debate local e fazer de São Paulo uma moeda de troca para negociar na esfera federal, e a presidenta já tinha deixado claro que não faria isso, nós entendemos natural o caminho que eles tomaram,” disse o ex-ministro da Educação.

“A presidenta confia no ministro Paulo Sérgio, entende que ele tem toda a capacidade de, como filiado ao PR, interagir com o partido de maneira a atender legítimos pleitos”, completou.

Embora, oficialmente, os petistas rechacem a federalização do debate (ou seja: troca de apoio por ministérios ou cargos no Executivo), é fato que a situação em outras cidades ainda é um percalço para as pretensões petistas em São Paulo.

Se uma borboleta bate asas em Brasília, uma ventania é provocada (ou evitada) em São Paulo. Fosse Marta Suplicy a candidata do PT à prefeitura de São Paulo, o vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues, do PR, seria hoje senador da República. Rodrigues é suplente da senadora petista e assumiria o cargo caso a ex-prefeita deixasse o posto.

Mas o candidato petista é Fernando Haddad e Antonio Carlos Rodrigues é ainda um vereador em busca de voos mais altos às portas de uma nova eleição. Tem chances, assim, de começar a eleição como suplente da senadora petista e terminar a campanha como moeda de troca para selar o casamento com os tucanos. Gilberto Kassab, que costurou o apoio, ofereceu ao vereador uma vaga no Tribunal de Contas do Município, segundo a Folha de S.Paulo.

O PR, que há dois anos dividia o palanque com candidatos petistas, já não se contenta com o seu espaço no governo Dilma Rousseff.

Até hoje a direção do PR se ressente do fato de ter perdido o Ministério dos Transportes após a saída forçada de Alfredo Nascimento, suspeito de irregularidades – Paulo Passos, o substituto, é filiado ao partido, mas não tem apoio dos caciques do PR. A eleição na maior cidade do País era a chance de negociar o prestígio perdido na esfera federal – e eventualmente engrossar de novo as fileiras da base aliada.

Como o plano não vingou, não pensou duas vezes antes de embarcar para a canoa de José Serra.

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