O Partido dos Trabalhadores entrou com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por “apologia à tortura” em uma declaração sobre a perseguição à jornalista Miriam Leitão na ditadura militar.
Em postagem no Twitter, Eduardo Bolsonaro disse ter “pena da cobra”, em referência ao episódio em que a jornalista foi trancada em uma sala com uma jiboia por agentes da repressão, enquanto estava grávida de um mês.
O PT argumenta que houve quebra de decoro parlamentar por parte do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e requer depoimento no Conselho de Ética, com aplicação de “sanções cabíveis”.
“Trata-se de mais uma ação em que se faz apologia à tortura e à ditadura militar, numa postura de intolerância e ódio dentre tantos que vem pautando a trajetória política do Representado, sem que nenhuma providência seja adotada por essa Casa Legislativa, fazendo com que a impunidade continue a grassar e estimular o comportamento intolerante e criminoso do referido Deputado Federal”, diz o documento de 19 páginas.
Mais cedo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que “comemorar o sofrimento alheio é perder a humanidade”. PSOL e a Rede Sustentabilidade, por sua vez, pediram a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro e descreveram a declaração do congressista como “abjeta, repugnante e criminosa”.
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