Política

PT acusa Covas de disseminar fake news e irá à Justiça por declaração sobre contas da gestão Haddad

Jilmar Tatto chama Covas de ‘mentiroso’; prefeito diz que orçamento deixado por Haddad era ‘maquiado’

JILMAR TATTO E BRUNO COVAS EM DEBATE PROMOVIDO PELA TV BAND. CRÉDITO: DIVULGAÇÃO
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O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido pela TV Band na última quinta-feira 1 terminará na Justiça. O PT anunciou que acionará judicialmente o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), sob a acusação de que o tucano disseminou fake news ao dizer que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) teria deixado “um grande rombo de 7 bilhões de reais” em 2017, ao fim de sua gestão.

“O que vocês deixaram foi um grande rombo nas contas públicas municipais. O orçamento de 2017 tinha um rombo de 7 bilhões de reais. Nós tivemos que organizar a casa”, disse Covas no debate em resposta ao candidato do PT, Jilmar Tatto.

Em contato com a reportagem de CartaCapital, Tatto justificou a decisão do partido de ir à Justiça contra Covas. “[Haddad] deixou um saldo em caixa de 5,35 bilhões de reais, segundo relatório do próprio Tribunal de Contas do Município (TCM). E as finanças de São Paulo no nosso governo ganharam prêmios internacionais. Tanto é que, a partir da renegociação da dívida e desse dinheiro em caixa, a Prefeitura pode buscar financiamentos”, disse o petista.

É totalmente o contrário. Fake News. Mentiroso. O prefeito Bruno Covas está mentindo para a população.

“O que o Haddad fez, inclusive, foi provisionar 5 bilhões caso viessem recursos do PAC [Plano de Aceleração do Crescimento], que acabaram não vindo em função do golpe que deram na Dilma, e acabou assumindo o Temer. Portanto, o Haddad, do PT, deixou 5,35 bilhões de reais em caixa, isso está provado. A própria agência da Folha de S.Paulo provou isso”, completou o candidato.

Pelas redes sociais, Fernando Haddad criticou Bruno Covas pela declaração:

Segundo o Relatório Anual de Fiscalização de 2016, produzido pelo TCM, a gestão Haddad deixou 5,3 bilhões de reais nas contas da Prefeitura. “(…) As disponibilidades financeiras da Prefeitura em 31.dez.16 eram suficientes para saldar as obrigações de curto prazo. Se todas essas obrigações fossem pagas, restaria um saldo da ordem de 3 bilhões de reais”, informa o documento.

Procurado pela reportagem de CartaCapital, o prefeito Bruno Covas se manifestou em nota oficial: “O orçamento deixado pela gestão Haddad para o ano de 2017, primeiro do atual governo, era irrealista e maquiado. Exagerava as receitas em 5 bilhões de reais e subestimava as despesas em 2,5 bilhões de reais. Ou seja, tinha um buraco de mais de 7 bilhões de reais.  A quase totalidade dos recursos deixados em caixa no fim do exercício de 2016 estavam comprometidos com pagamentos de curto prazo. Eram insuficientes, portanto, para cobrir o rombo decorrente do descasamento entre receitas superestimadas e despesas subestimadas expressas no orçamento legado pela gestão petista”.

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