Política
PSOL terá candidatura própria na Câmara; Erundina deve ser a escolhida
Partido decidiu não apoiar o bloco de Baleia Rossi: ‘É preciso ter uma candidatura que defenda o impeachment de Bolsonaro’


O PSOL decidiu nesta sexta-feira 15 lançar uma candidatura própria à presidência da Câmara, em oposição a outras siglas de esquerda que optaram por endossar Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa contra Arthur Lira (PP-AL), nome defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
O partido divulgou um comunicado em que defende o lançamento de uma candidatura de esquerda no primeiro turno do pleito “que defenda as bandeiras da ampliação de direitos, da democracia, da soberania nacional, da defesa da saúde pública, de mudanças anti-austeridade na política econômica, da vacinação de todos e todas e do combate a toda as formas de discriminação e opressão”.
O nome mais forte para encabeçar a chapa do PSOL é o da deputada Luiza Erundina. Nos próximos dias, uma reunião da bancada do partido na Câmara deve chancelar a escolha. Em contato com CartaCapital, o presidente da sigla, Juliano Medeiros, justificou a decisão de não aderir ao bloco de Baleia Rossi, capitaneado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia.
“Nós acreditamos que nessa tragédia que o Brasil vive, particularmente nos últimos dias expressa na crise de Manaus, é preciso ter uma candidatura que defenda explicitamente o impeachment de Jair Bolsonaro no primeiro turno. E nós achamos que é papel do PSOL contribuir nesse ponto”, afirmou Medeiros.
Segundo resolução da Executiva Nacional do PSOL, caso a candidatura de esquerda não chegue ao segundo turno, a orientação será pelo voto “no candidato que representar uma alternativa àquele apoiado pelo governo Jair Bolsonaro”.
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